Muitas pessoas acham que investimento não é um assunto que pode ser discutido em tempos de crise, mas isso não é uma verdade. Se for analisado e feito da maneira correta, essa pode ser uma ótima oportunidade para aumentar os rendimentos.
É claro que, quem está no status de endividado ou até inadimplente, pode ser complicado ter dinheiro “sobrando” para investir. Mas é exatamente esse pensamento que deve ser mudado; não é com o dinheiro que sobra que se investe, mas sim separando uma quantia antes mesmo de ter as despesas mensais. Isso se chama educação financeira.
Eu explico. O grande segredo dessa questão é ter objetivos de vida e não guardar por guardar, esperando sobrar algum no fim do mês. Trace suas metas de vida e separe o dinheiro necessário para elas já quando receber seu salário ou ganho mensal e, com o que sobrar, ajuste o padrão de vida. Acredite, é só assim que vai funcionar.
Agora, para quem já é educado financeiramente e quer saber como investir nesse momento, a primeira orientação que dou é que, em tempos de crise, o maior inimigo é a inflação, que pode engolir parte dos seus rendimentos. Por outro lado, a favor do investidor, tem os juros que estão altos, e isso é muito bom para os investidores.
Isso nos leva à segunda orientação: procurar por aplicações que sejam favorecidas pela Selic (uma exceção para o momento da postagem deste texto, que apresenta a menor Selic em muitos anos). Por isso que, a Caderneta de Poupança, nesse momento, não se mostra tão atraente, uma vez que limita o rendimento a essa taxa. Mas, para objetivos de curtíssimo prazo (até seis meses, por exemplo), ela pode ser uma opção, já que não precisa pagar taxas, imposto de renda e não perde rendimento.
Vamos à terceira orientação: o melhor investimento não é aquela que tem, à primeira vista, o maior rendimento, mas sim aquela que é apropriada ao prazo do seu objetivo, são eles: curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e longo (acima de dez anos).
Para os de curto prazo, é interessante aplicar em CDB e Títulos do Tesouro. Já aos de médio, são interessantes linhas como o CDB, Fundo de Investimentos, Título do Tesouro Direto e ouro. Neste caso, o melhor é pesquisar em pelo menos três instituições financeiras de grande porte.
Em relação aos objetivos de longo prazo, recomendo investir em Tesouro Direto, previdência privada e ações. No caso de investimento em ações, é interessante investir no máximo 20% do dinheiro total, não mais que isso, pois é arriscado e depende do desempenho da empresa. No entanto, é importante notar que durante a crise o valor das ações tende a cair, o que pode trazer bons rendimentos se bons negócios, leia-se compra de ações com grande potencial de valorização, forem realizados.
Fonte:
Infomoney