No manejo do infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMcSST), é essencial desobstruir o vaso ocluído, já que o supra de ST representa a oclusão total do lúmen do vaso. Do contrário, a agressão isquêmica é mantida, aumentando ainda mais a área infartada.
Para este fim, geralmente usamos ou a trombólise química ou a angioplastia percutânea (cateterismo). Embora os livros discorram bastante sobre o assunto, esmiuçando os mínimos detalhes, essa abordagem geralmente causa muita confusão, ainda mais em um tema muito cobrado nas provas.
Montamos então o fluxograma abaixo. Ele contém 80% do que você precisa saber sobre os tempos porta-balão e porta-agulha, pois geralmente as questões descrevem uma situação clínica e depois perguntam qual seria a melhor conduta (cateterismo? trombólise? transferir para outro hospital? etc.).
Alguns detalhes:
- As setas duplas indicam as condutas ideais, pois o cateterismo é sempre preferível à trombólise, mas é muito pouco disponível
- Pacientes que apresentarem choque cardiogênico ou insuficiência cardíaca grave devem ser transferidos para um hospital com hemodinâmica INDEPENDENTEMENTE do tempo de transferência
- Mesmo os pacientes trombolisados serão eventualmente encaminhados para a hemodinâmica, seja por conta de trombólise sem sucesso ou para estudo anatômico
Fonte: Antman EM, Loscalzo J. ST-Segment Elevation Myocardial Infarction. In: Kasper D, Fauci A, Hauser S, Longo D, Jameson J, Loscalzo J. eds. Harrison’s Principles of Internal Medicine, 19e. New York, NY: McGraw-Hill; 2015.