A relação do pulmão com a COVID-19 é muito ampla, pois dependendo da gravidade o vírus compromete o funcionamento dos pulmões, podendo causar uma infecção respiratória aguda.
Por ser uma doença nova, as sequelas da COVID-19 ainda são desconhecidas, porém estudos estão sendo realizados diariamente para sanar todas as nossas dúvidas de uma vez por todas.
Entenda como o Coronavírus pode afetar o pulmão.
Como a COVID-19 afeta o pulmão?
Ainda são parcialmente desconhecidos os danos que o SARS-CoV-2 causa nos pulmões dos infectados. Porém, os contribuintes plausíveis incluem uma síndrome de liberação de citocinas desencadeada pelo antígeno viral (SARS-CoV-2), toxicidade pulmonar induzida por drogas e alta pressão nas vias aéreas e lesão pulmonar aguda induzida por hiperóxia (excesso de oxigênio em um tecido celular).
O coronavírus pode deixar sequelas no pulmão?
Um estudo publicado pelo The Lancet Respiratory Medicine avaliou 138 pacientes hospitalizados com COVID-19 em Wuhan, China. A pesquisa mostrou que quase todas as pessoas com consequências graves relacionadas à COVID-19 apresentam pneumonia. Para avaliá-las foi realizada uma tomografia (TC) de tórax, que mostrou opacidades em vidro fosco bilaterais, com ou sem consolidação, e com predileção do lobo inferior em todos os pacientes.
Nesta série, 36 (26%) pacientes necessitaram de cuidados intensivos, dos quais 22 (61%) desenvolveram síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).
A fibrose pulmonar é uma sequela reconhecida da SDRA e pode se desenvolver após inflamação crônica ou como um processo fibroproliferativo primário, geneticamente influenciado. O avanço da idade é um fator de risco para o desenvolvimento da doença. Os dados apresentados na pesquisa indicam que cerca de 40% dos pacientes com COVID-19 desenvolvem SDRA e 20% dos casos de SDRA são graves. Entretanto, ainda é cedo para afirmar quais as consequências pulmonares de longo prazo da COVID-19.
Além do pulmão, também foram relatados casos de relação entre trombose e Coronavírus.
Alerta para fumantes
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, além do cigarro aumentar o risco de contrair a COVID-19 e desenvolver a forma grave da doença, levar as mãos à boca também pode transferir o vírus para o organismo.
É importante lembrar que o cigarro e o tabaco deixam os pulmões mais vulneráveis às infecções respiratórias
Síndrome respiratória aguda grave nos casos de coronavírus
O Coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV; conhecido como SARS) e o Coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV; conhecido como MERS), são geneticamente semelhantes ao SARS-CoV-2 e causam doenças pulmonares semelhantes à COVID-19.
Foi possível observar, através da tomografia do tórax em pacientes com SARS, opacidades em vidro fosco rapidamente progressivas, às vezes com consolidação. As alterações reticulares foram evidentes aproximadamente 2 semanas após o início dos sintomas e persistiram em metade dos pacientes além de 4 semanas.
Um estudo de acompanhamento realizado após 15 anos em 71 pacientes com SARS mostrou que as anormalidades intersticiais e o declínio funcional se recuperaram nos primeiros 2 anos após a infecção e depois permaneceram estáveis.
As evidências sugerem que após um certo período da infecção, o organismo volte ao normal. Porém, ainda não conseguimos ter certeza sobre as futuras sequelas de COVID-19.
Fonte:
DASA