Um homem de 22 anos de idade se apresenta com tosse, falta de ar e febre por 3 dias. Sua saturação periférica é de 83% sob oxigênio a 100% através de máscara facial, e uma gasometria arterial revela um pH de 7,45, PCO2 de 35mmHg e PO2 de 55mmHg. Você então suspeita de síndrome da angústia respiratória aguda (SARA).
- Como a SARA é definida?
- Que condições causam SARA?
- Qual o manejo da SARA?
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- A SARA possui 3 níveis de gravidade, quando a PEEP for pelos menos maior que 5
- SARA leve (PaO2/FiO2 = 201–300 mmHg), SARA moderada (PaO2/FiO2 = 101–200) e SARA grave (PaO2/FiO2 <100)
- A hipoxemia não pode ser explicada completamente por um edema pulmonar cardiogênico
- Os sintomas respiratórios devem ter surgido dentro de 1 semana do insulto clínico
- Devem haver opacidades bilaterais ao raio-X de tórax ou TC consistentes com infiltração alveolar
- Pulmonares: pneumonia, inalação química, afogamento, aspiração. Não pulmonares: trauma, pancreatite, sepse, queimaduras.
- A conduta envolve três componentes que visam reduzir a lesão pulmonar:
- Ventilação com volume corrente reduzido (6 a 8ml de volume por Kg de peso ideal, pressão de platô de 25-30cm de água)
- Usar PEEP alta para prevenir o colabamento alveolar e diminuir a FiO2
- Na SARA a permeabilidade vascular no pulmão está aumentada, levando ao extravasamento de líquido para os alvéolos. Manter a pressão atrial esquerda normal ou baixa ajuda a diminuir o edema pulmonar.
Fonte: Kumar N, Law A, Choudhry NK. Acute Respiratory Distress Syndrome. In: Kumar N, Law A, Choudhry NK. eds. Teaching Rounds: A Visual Aid to Teaching Internal Medicine Pearls on the Wards. New York, NY: McGraw-Hill; 2016.