MUITO IMPORTANTE!!! Hoje daremos continuidade à RCP. Os 5 pontos essenciais serão um pouco mais destrinchados, auxiliando para o seu sucesso no atendimento!
1.Como checar a responsividade e a respiração da vítima?
Para avaliar a responsividade deve-se:
- Chamar e tocar o atendido pelos ombros. Caso haja resposta, apresente-se e pergunte se precisa de ajuda. Contudo, se não houver resposta, observe se há elevação do tórax em menos de 10 segundos. Assim, você estará avaliando a respiração.
- A vítima apresentou respiração? Se sim, posicione-se ao lado dela e esteja atento em sua evolução.
- Notou piora? Chame ajuda!
-
Não apresentou respiração ou ainda a apresentou em “gasping”? Chame ajuda imediatamente!
2.Chamar ajuda?
Ora, caso isso seja necessário, é melhor que você não faça tudo sozinho. Escolha alguém do local e encarregue essa pessoa de chamar a ajuda (por exemplo, o SME – Serviço Médico de Emergência) enquanto você continua assistindo ao atendido. Esse “assistente” deve estar pronto a responder a algumas perguntas, tais como: local do ocorrido, situação da vítima, quais procedimentos já foram e quais estão sendo realizados, entre outras.
Mas ATENÇÃO, em caso de parada cardiorrespiratória por hipóxia e para todas as crianças, o atendente que estiver sozinho, deve realizar 5 ciclos de RCP antes de chamar ajuda.
3.Cheque o pulso
Cheque o pulso carotídeo da vítima em menos de 10 segundos. Caso a vítima apresente pulso, aplique uma ventilação a cada 5 a 6 segundos, mantendo uma frequência de 10 a 12 ventilações por minuto, e cheque o pulso a cada dois minutos. Se não detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida, inicie os ciclos de compressões e ventilações.
4.Compressões e ventilações
As compressões torácicas são muito importantes em pacientes em parada cardíaca, uma vez que promove o fluxo de sangue. Deve-se realizar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações, levando-se em consideração que há um dispositivo de barreira, como por exemplo uma máscara de bolso.
Para que as compressões sejam realizadas com sucesso, deve-se aplicar uma boa técnica, que envolve posicionamento e ritmo adequados. As ventilações também obedecem a critérios essenciais para se alcançar o êxito durante o socorro.
5.Desfibrilação
A desfibrilação pode ser feita tanto por um profissional de saúde (médico) quanto por uma pessoa leiga. No entanto, nesse último caso, ela apenas pode ser feita quando utilizado um DEA (Desfibilador Automático Externo), pois esse aparelho indicará se o procedimento pode ou não ser realizado, bastando ser acionado pelo atendente. E porque isso? Isso se dá, pois nem sempre a vítima pode ser submetida ao desfibrilador, dependendo do ritmo cardíaco. A desfibrilação não está indicada em caso de assistolia e de atividade elétrica sem pulso (AESP). Além disso, esse aparelho portátil carrega, automaticamente, a quantidade de energia a ser utilizada.
Diante da grande importância das compressões e das ventilações falaremos, no próximo artigo, um pouco mais detalhado de cada uma delas. Fique conosco e até a próxima!
Celso Neto
Bibliografia
1. Eisenberg MS, Baskett P, Chamberlain D. A history of cardiopulmonary resuscitation. In: Paradis NA, Halperin HR, Kern KB, Wenzel V, Chamberlain DA. Cardiac arrest: the science and practice of resuscitation medicine. West Nyack (NY): Cambridge University Press; 2007. p. 3-25.
2. Travers AH, Rea TD, Bobrow BJ, Edelson DP, Berg RA, Sayre MR, et al. Part 4: CPR overview: 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2010;122(18 Suppl 3):S676-84.
3. Nolan JP, Soar J, Zideman DA, Biarent D, Bossaert LL, Deakin C, et al. European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation 2010 Section 1. Executive summary. Resuscitation. 2010;81(10):1219-76.
4. Mather C, O’Kelly S. The palpation of pulses. Anaesthesia. 1996;51(2):189-91.
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6. I Guideline for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care – Brazilian Society of Cardiology: Executive Summary