Narcolepsia é uma síndrome neurológica crônica com prevalência entre 0,018% e 0,040% da população, sem diferenciações étnicas importantes. Caracteriza-se por sonolência excessiva diurna e cataplexia, podendo associar-se a paralisia do sono, alucinações hipnagógicas e fragmentação do sono. A fisiopatologia da doença não é totalmente conhecida, embora possua anormalidades na neurotransmissão de hipocretina descritos recentemente.
A narcolepsia apresenta um padrão bimodal com incidência aumentada no final da adolescência e na segunda década de vida e um segundo pico na quinta década de vida, principalmente em mulheres após a menopausa.
O tratamento a seguir foi retirado do artigo que relata as conclusões da reunião de consenso da Associação Brasileira de Sono com médicos especialistas brasileiros sobre o tratamento da narcolepsia baseado na revisão dos artigos sobre narcolepsia publicados entre 1980 e 2010
Tratamento da narcolepsia
Comportamental
Medidas de higiene de sono, potencializam o tratamento farmacológico.
– Manter horários regulares de sono e vigília.
– Evitar álcool, sedativos e abuso de cafeína.
– Cochilos: Cochilos programados de manhã e à tarde melhoram o nível de alerta e possibilitam a redução da dose de estimulantes.
Farmacológico
– Modafinila: estimulante atípico pelos seus efeitos neurocomportamentais distintos dos estimulantes tradicionais.
– Anfetaminas: em doses clínicas são potentes simpatomiméticos, aumentando a neurotransmissão dopaminérgica e noradrenérgica no sistema nervoso. A dextro-anfetamina e dextro-metanfetamina são mais potentes do que os isômeros levógiros.
– Mazindol: O mecanismo de ação do mazindol é semelhante ao das anfetaminas.
– Selegilina: A selegilina é um potente inibidor da MAO-B do tipo seletivo e reversível. A selegilina é mais bem tolerada que os anfetamínicos e apresenta um efeito anticataplexia. Seu uso é limitado pelos seus efeitos simpaticomiméticos e interação com outras drogas.
– Pemoline: foi retirado do mercado de vários países em virtude de efeitos hepatotóxicos.
Fonte:
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/n3/133.html
Diretrizes brasileiras para o tratamento da narcolepsia: Revista Brasileira de Psiquiatria, 2010