Aterosclerose é a causa principal de ataques cardíacos e derrames. Uma variedade de fatores, incluindo genético e dietético, estimula a doença, que ocorre quando as células rica em colesterol do sistema imunológico se acumulam dentro dos vasos sangüíneos.
Enquanto os estudos provaram que a aspirina pode prevenir um segundo ataque cardíaco “afinando” o sangue, pesquisadores da University of Pennsylvania School of Medicine mostraram que a aspirina pode também prevenir ataque cardíaco e derrame através de um mecanismo diferente.
Os pesquisadores concluiram que a aspirina também diminui a inflamação associada com a aterosclerose e estabiliza a placa aterosclerótica.
“A década passada mostrou muita pesquisa indicando que a aterosclerose é uma doença inflamatória crônica,” disse Domenico Praticò, MD, professor assistente o Departamento de Farmacologia da University of Pennsylvania. “Nossas descobertas mostram que a aspirina não só diminui a inflamação nas artérias e a da placa aterosclerótica, mas também altera a consistência da placa que permanece.”
Os pesquisadores descobriram que baixa dose de aspirina leva a uma mudança na composição da placa, transformando de um material macio para um material mais resistente que é menos propenso ao rompimento.
Apesar das causas da aterosclerose serem incertas, pesquisadores descobriram que a inflamação encontrada na aterosclerose está associada com o aumento dos níveis dos sinais inflamatórios celulares chamados citocinas.
A formação de placa também está associada com o aumento dos níveis de uma proteína chamada NF-B na aorta, que controla a formação dessas citocinas, estimula o crescimento de células imune e acúmulo de lipoproteínas de baixa densidade (LDL).
Os pesquisadores descobriram que a aspirina diminui a quantidade de citocinas na corrente sangüínea e do NF-B na aorta, sugerindo uma ação anti-inflamatória potente da droga.
Praticò e seus colegas supõem que esses novos efeitos da dose baixa de aspirina são independentes da sua função de afinar o sangue.
“Geralmente, nós consideramos entre 80mg e 250mg são consideradas baixas dosagens de aspirina, a mesma quantidade encontrada em aspirinas infantis,” disse Praticò. “É claro, que se alguém deseja tomar doses baixas de aspirina, deve consultar um médico primeiro.”
Se essa hipótese se confirmar a aspirina se mostrará ainda mais versátil, e haverá mais uma opção para tentar diminuir o número de mortes por ataques cardíacos e derrames.
Fonte:
http://emedix.uol.com.br/not/not2002/02set03car-aha-caa-aspirina.php