A clínica da SEPSE é ampla, dependendo do foco inicial da infecção, do microrganismo envolvido, da idade do paciente e de suas condições pregressas de saúde. Tais manifestações são de extrema importância para o diagnóstico e para que se possa direcionar, adequadamente, o tratamento.
Pacientes com maior risco de complicação:
- História de esplenectomia,
- Historia de asplenia funcional,
- História de doença renal,
- História de doença cardíaca,
- Pacientes com câncer,
- AIDS,
- Diabéticos,
- Idosos,
- Usuários de imunossupressores,
- Usuários de corticoides.
Os achados podem ser divididos em 2 grupos, os que dependem e os que não dependem da etiologia da sepse. Exemplos:
- Dependem: diarreia, convulsão, confusão, irritação meníngea, icterícia, disúria, sinal de Giordano, esplenomegalia, entre outros.
- Não dependem: pressão arterial, pressão de pulso, frequência cardíaca, febre, pele quente e úmida, tempo de preenchimento capilar aumentado, oligúria, entre outros.
A taquicardia é um achado que, apesar de estar presente em outras enfermidades, se iniciada sem causa aparente, sugere sepse. Ocorre de maneira precoce, tal como a taquipneia.
Outros sinais:
- Hipoxemia,
- Febre ou hipotermia.
→Relembrando o conceito de SEPSE: infecção documentada ou presumida + algum dos seguintes achados:
- Temperatura: < 36 OU > 38º C;
- Taqucardia: FC > que 90 bpm;
- Taquipneia: FR > que 20 irpm OU PCO2 < 32 mmHg OU necessidade de ventilação mecânica desencadeada por processo agudo.
- Contagem leucocitária: > 12.000 OU < 4.000 leucócitos OU mais que 10% de formas imaturas (bastonetes).
No próximo post falaremos um pouco sobre os exames complementares e os critérios diagnósticos. Fique conosco!
Celso Neto
Bibliografia
1. Sociedade Brasileira de Infectologia
2. Revista Brasileira de Terapia Intensiva
3. International Guidelines for Management of Severe Sepsis and Septic Shock
4. MARTINS, Herlon Saraiva et al. Emergências clínicas: abordagem prática. 9. ed. São Paulo: Manole, 2014.