Uma pesquisa realizada pela Universidade Católica de São Francisco, publicada na edição de 2019 da revista Annals of Family Medicine, analizou os níveis de esgotamentos dos médicos de atenção primária.
O propósito do estudo foi analisar qualitativamente os níveis de burnout (esgotamento) entre os médicos e funcionários da atenção primária, que se mostraram assustadoramente altos, colaborando com a crença generalizada de que o esgotamento e a falta de engajamento dos funcionários contribuem para a alta rotatividade da força de trabalho.
O estudo utilizou uma coorte longitudinal usando dados de pesquisa sobre burnout e engajamento de funcionários coletados em 2013 e 2014 de 740 médicos de atenção primária e equipe em 2 sistemas de saúde de San Francisco, combinados com dados de escala de emprego de 2016.
Os resultados mostraram que a prevalência do burnout, baixo engajamento e rotatividade foram elevados, com 53% dos clínicos e funcionários relatando burnout. Em contrapartida, apenas 32% dos clínicos e 35% dos funcionários relataram alto engajamento. Foi mostrado também uma forte tendência verificada no estudo, em que o baixo envolvimento previu a rotatividade médica.
Desse modo, o artigo conclui que as altas taxas de burnout e rotatividade na atenção primária são problemas correlacionados, mostrando que as descobertas fornecem evidências de que o burnout contribui para a rotatividade entre os médicos de cuidados primários. Embora a redução do desgaste do clínico possa ajudar a diminuir as taxas de rotatividade, as organizações de saúde e os formuladores de políticas preocupados com a rotatividade de funcionários na atenção primária precisam entender as causas multifatoriais da rotatividade para desenvolver estratégias eficazes de retenção para médicos e funcionários.
Fonte: http://www.annfammed.org/content/17/1/36.short?related-urls=yes&legid=annalsfm;17/1/36&cited-by=yes&legid=annalsfm;17/1/36
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