A fobia social é um transtorno de ansiedade que atinge 13% da população brasileira, segundo estimativas apresentadas em 2017 pelo Congresso Brasileiro de Psiquiatria. O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) criou um novo tratamento para fobia social por meio da realidade virtual. O Jornal da USP no Ar conversou sobre o método com a doutora Cristiane Maluhy Gebara, psicóloga, pesquisadora e professora do curso de Terapia Comportamental Cognitiva em Saúde Mental do Programa de Ansiedade do HC.
Segundo a psicóloga, as pessoas que possuem fobia social têm ansiedade e desconforto intenso ou até evitam exposições públicas e interação com pessoas ou autoridades. Os sintomas apresentados podem ser: taquicardia, palpitações, sudorese, tremor, rubor facial, boca seca, autodepreciação, antecipação negativa – um cenário de sofrimento excessivo capaz de interferir na vida desses pacientes, ressalta a professora.
A simulação através da realidade virtual em 3D, já disponível em aplicativo chamado Socialfobia, é um tratamento aplicado por profissionais em consultórios e permite que os pacientes enfrentem as situações mais temidas por eles. A técnica disponibiliza diferentes cenários, como um diálogo com alguém desconhecido, possibilitando a exposição da pessoa ao caso sem que haja constrangimento. De acordo com Cristiana, o processo é repetido e gradual, mas já manifesta resultados positivos: em média, 75% da ansiedade social dos pacientes submetidos ao novo tratamento foi diminuída.
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