
Indivíduos portadores de doença de chagas crônica podem apresentar arritmias cardíacas e tromboembolismo arterial ou venoso. É comum que pacientes portadores de cardiopatia chagásica relatem dor torácica atípica, apresentando insuficiência cardíaca biventricular, que é a manifestação mais frequente e grave, associada a um mau prognóstico.
A fisiopatologia da forma cardíaca envolve:
- Substituição do tecido muscular por fibrose, já que o infiltrado inflamatório é tão intenso que causa destruição das fibras cardíacas e esse tecido passa por fibrose, comprometendo a força contrátil do miocárdio, causando insuficiência cardíaca.
- Formação de trombos intracavitários, levando a fenômenos tromboembólicos, já que há estase sanguínea nas áreas de flacidez muscular, podendo causar aneurisma e fenômenos tromboembólicos.
- Comprometimento de SNA (feixe de Hiss, nódulo sinusal, nódulo AV), com bloqueio de condução, bloqueio de ramo, arritmia, BAV e morte súbita.