O Conselho Federal de Medicina (CFM) recebeu nesta semana uma carta assinada pelo bastonário da Ordem dos Médicos de Portugal, Miguel Guimarães, com esclarecimentos sobre supostas críticas aos médicos brasileiros e ao processo de formação das escolas médicas no Brasil. A mensagem foi motivada após a publicação de entrevista concedida a uma agência de notícias de Portugal, em janeiro deste ano, na qual a liderança médica comentou a atuação de médicos estrangeiros naquele país.
Acesse a carta aqui.
Na carta, dirigida ao presidente do CFM, Mauro Ribeiro, o bastonário negou ter feito qualquer afirmação depreciativa quanto aos médicos brasileiros e enalteceu a atuação destes profissionais. “Durante esta pandemia e perante todas as contrariedades sanitárias, políticas e sociais, (os médicos brasileiros) souberam fazer das suas competências, conhecimento e elevado sentido de responsabilidade, solidariedade e humanismo, a resposta adequada às necessidades das pessoas em sofrimento, honrando a sua missão de cuidar, tratar e proteger os doentes, salvando milhares de vidas”, disse.
Após contextualizar as circunstâncias em que se deu a construção da reportagem, Guimarães reiterou que também não partiu da Ordem dos Médicos críticas em relação ao tempo do curso de medicina no Brasil. “Qualquer profissional precisa submeter-se a criteriosa avaliação documental junto aos Conselhos de Medicina, sendo o diploma em curso superior devidamente reconhecido e com seis anos de duração uma exigência fundamental”, reconheceu.
O bastonário destacou ainda que a qualidade da medicina é um dossiê que não conhece fronteiras ou nacionalidades e que deve ser uma preocupação de todas as estruturas ligadas à saúde, pelo impacto que terá sempre na vida dos doentes e no futuro da sociedade. “É inegável que Portugal tem uma relação de excelência com médicos de muitos países que nos ajudam, todos os dias, a construir o nosso serviço de saúde, onde se destacam os brasileiros”, pontuou.
Fonte:
Conselho Federal de Medicina