O Rio de Janeiro é o estado com o maior número de casos da variante delta, cepa mais transmissível do coronavírus. Foram 74 até o momento, de um total de 97 casos de infecção notificados no país, segundo dados do Ministério da Saúde. Em todo o estado do Rio, a nova variante já foi confirmada em 12 cidades. Além da capital fluminense, a cepa foi identificada em Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Maricá, Mesquita, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, Seropédica e São João de Meriti.
Na capital fluminense, o total de infectados pela cepa saltou de sete, na sexta-feira (16), para 23 no sábado (17). “Variante Delta realmente está se instalando no Rio. Recebemos a confirmação de mais 15 resultados positivos do laboratório da UFRJ e um do (laboratório particular) DASA. Com mais sete que tínhamos da Fiocruz, ao todo 23 casos confirmados”, escreveu o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, em uma publicação no Twitter.
Identificada originalmente na Índia, essa cepa foi classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma variante de preocupação. Estimativas indicam, além disso, que a variante é cerca de 50% mais transmissível do que a Alfa, descoberta pela primeira vez no Reino Unido. Sete estados com registros Os registros da variante foram feitos em sete estados, mas os óbitos foram concentrados no Paraná e Maranhão. Além do Rio, o Ministério da Saúde informou ainda que há registros de uma contaminação em Minas Gerais, duas em Goiás, três em São Paulo e dois em Pernambuco. No Paraná, foram nove casos e quatro mortes, e no Maranhão, seis registros e um óbito. Por causa da variante delta governos têm liberado a diminuição do intervalo entre as aplicações das vacinas contra covid-19 das fabricantes AstraZeneca ou Pfizer, com fizeram o estado do Rio e o Distrito Federal. A justificativa é ter parcela maior da população com o esquema vacinal completo, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis.
Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Santa Catarina também optaram por diminuir a janela entre as aplicações. As reduções têm sido de 12 semanas para dez ou oito semanas. O governo paulista, por outro lado, optou por não adotar essa estratégia por enquanto. A redução do tempo entre as injeções divide especialistas. A Fiocruz, responsável por produzir o imunizante Oxford/AstraZeneca no Brasil, se manifestou contrária a encurtar o intervalo. No exterior, o avanço da delta tem motivado o debate sobre o uso de uma dose de reforço.
Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/07/19/rio-de-janeiro-variante-delta.htm?cmpid=copiaecola