Conceito e classificação
As polimixinas são antimicrobianos polipeptídeos com mecanismo de ação distinto dos demais antimicrobianos utilizados atualmente. Dessa forma, a possibilidade de resistência cruzada com outros antimicrobianos é muito remota, permitindo que as polimixinas sejam ativas contra muitas espécies de bactérias multirresistentes. Há duas polimixinas disponíveis comercialmente, colistina (polimixina E) e polimixina B. |
Propriedades farmacológicas
Estas drogas concentram-se no fígado e rins, tendo pequena passagem através da barreira liquórica, mesmo na presença de inflamação. Também são pouco difundidas no líquido sinovial, fluído pleural e trato biliar. São excretadas lentamente por filtração glomerular, devendo ter sua dose corrigida em insuficiência renal. A meia-vida da polimixina B é de 6 a 7 horas e da colistina de 2 a 4,5 horas, mas em pacientes anúricos estes antimicrobianos apresentam uma meia-vida de até 72 horas. |
Indicações clínicas
As polimixinas são ativas contra uma grande variedade de bacilos gram-negativos (incluindo P. aeruginosa e Acinetobacter spp.) incluindo muitas espécies de enterobactérias (como E. coli e Klebsiella spp.) e bacilos não-fermentadores.
Desta forma, as polimixinas têm sido utilizadas na prática clínica no tratamento de infecções graves por bacilos gram-negativos multirressitentes como P.aeruginosa e A.baumannii, principalmente, no tratamento de pneumonias associadas à assistência à saúde, infecções da corrente sanguínea relacionadas a cateteres, nas infecções do sítio cirúgico e nas infecções do trato urinário. Entretanto, o pouco conhecimento sobre suas propriedades farmacológicas e eficácia clínica limitam sua utilização. |
Efeitos colaterais
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