As coisas nem sempre são o que parecem. Muitas vezes, olhando algo ou alguém a distância, julgamos sem ter conhecimento e tiramos nossas conclusões, de forma precipitada. Mas, basta nos aproximarmos ou nos debruçarmos sobre algum tema para termos a certeza de sua conduta ou funcionamento, gerando decisões e comportamentos acertados.
Quando se trata da escolha do profissional que vai tratar da saúde ocular, conhecer mais de perto sua área de atuação vai influenciar diretamente no resultado do tratamento. Mas, quando uma pessoa se deixa levar pela falácia de profissionais não médicos, será submetida a um exame superficial, dificultando as ações preventivas a doenças oculares graves.
Segundo informações do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 40% das pessoas com mais de 60 anos de idade pode desenvolver doenças oculares, mesmo que não tenham predisposição anterior. Além disso, jovens, idosos e crianças podem sofrer com problemas oculares, desde síndrome do olho seco até o glaucoma que, se não for diagnosticado e tratado de forma adequada, pode levar à cegueira.
É possível que alguns problemas causem incômodo, mas outros são silenciosos e muito perigosos, na maioria das vezes, o problema pode ser resolvido se for detectado no início. Uma consulta periódica ao oftalmologista pode tanto prevenir problemas graves como tratá-los adequadamente.
Para verificar o grau dos olhos (acuidade visual) e a saúde da visão, o paciente deve buscar o médico oftalmologista, único profissional habilitado e autorizado por lei para realizar o exame de vista. Este exame permite ao médico identificar se o paciente tem miopia, hipermetropia ou astigmatismo. E não só isso: com um exame mais aprofundado, feito também pelo médico durante a consulta, é possível identificar qualquer problema que possa acometer sua visão. Neste momento é muito importante informar corretamente o seu histórico familiar e possíveis sintomas.
Em casos específicos, principalmente para crianças e adolescentes, é necessário dilatar a pupila para que haja mais precisão na definição do grau dos olhos do paciente. Mas, o exame de vista não termina apenas com o receituário dos óculos. O diagnóstico de outras doenças pode influenciar na indicação do respectivo tratamento, que não apenas é a indicação de lentes de grau. Mas, sendo o tratamento adequado apenas a indicação de lentes de grau, após obter a receita, somente neste momento, o paciente vai até uma ótica para adquirir os óculos. Em outro caso, poderá lhe ser indicado a realização de adaptação de lentes de contato, que pela gravidade e complexidade deste tratamento, somente pode ser realizado por médico oftalmologista.
Fonte: Revista Veja Bem (Conselho Brasileiro de Oftalmologia/CBO) (http://cbo.net.br/novo/publicacoes/revista_vejabem_17_online.pdf)