O médico reumatologista é o profissional da área da saúde especializado em tratar as doenças que afetam os ossos e as articulações.
É ele, por exemplo, que minimiza sintomas como a presença de inflamação, dores nas articulações e rigidez na musculatura, principalmente nos pés e nas mãos, e permite que as pessoas vivam com qualidade.
Nesse artigo, você ficará sabendo um pouco mais sobre a trajetória acadêmica do médico reumatologista e conhecerá as principais doenças tratadas por esse especialista.
Quem é o médico reumatologista?
O reumatologista é o profissional que, após a sua formação na faculdade de Medicina, optou por se especializar em reumatologia.
Para chegar até essa especialidade, porém, o caminho costuma ser árduo. Para se ter uma ideia, somente o curso de medicina tem uma duração de seis anos. Depois dessa formação, é preciso fazer de três a quatro anos de especialização, fase conhecida como residência médica. O médico precisa fazer especialização em Clínica Médica (medicina interna) e depois em Reumatologia, com duração de mais dois anos.
Após esse período, ainda, diversos profissionais complementam seu estudo com mestrado, de aproximadamente dois anos, e doutorado, que pode durar até quatro anos.
Qual a atuação e as doenças tratadas por esse especialista?
O médico reumatologista é o profissional da área da saúde que trata, contém o avanço e minimiza os sintomas de doenças que afetam o aparelho locomotor: articulações, ligamentos, músculos, tendões e ossos de maneira geral.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, existem cerca de 120 doenças reumáticas. Apesar de muitas pessoas as vincularem ao envelhecimento, elas podem afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças.
Dentre essas doenças, as consideradas mais comuns são:
Osteoartrose: também conhecida como osteoartrite, caracteriza-se por destruição progressiva da cartilagem articular e por anormalidades nos ossos adjacentes às mesmas, levando à dor e perda da função. Segundo dados da Previdência Social, essa doença é responsável por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho e apresenta piora com o avançar da idade;
Artrite reumatoide: trata-se de uma doença inflamatória crônica e autoimune que afeta diversas articulações, principalmente mãos e pés e costuma acometer mais mulheres do que homens. Em média, 1% da população a possui;
Osteoporose: é um distúrbio em que há a perda da massa óssea, tornando a pessoa mais suscetível a fraturas;
Tendinite: trata-se de uma inflamação dos tendões, que são as estruturas que unem os músculos aos ossos, devido ao seu uso repetitivo ou exagerado ou pela presença de doenças inflamatórias, degenerativas ou causadas por cristais. Ela é muito comum de afetar o punho, cotovelo, ombro e calcanhar
Gota: artrite causada por aumento do ácido úrico no sangue, levando a crises de dor e inchaço nas articulações principalmente dos pés. Se não tratada corretamente, evolui para artrite deformante e irreversível, com a presença dos “tofos”, nódulos de cristais de ácido úrico que podem aparecer em vários locais do corpo.
Espondiloartrites: conjunto de doenças que inclui a espondilite anquilosante , artrite psoriásica e artrites reativas (pós infecciosas): caracterizam-se pelo envolvimento inflamatório da coluna e articulações do sacro (bacia), além de artrite e entesites (inflamação e pontos de junção dos tendões com os ossos).
Fibromialgia: síndrome de dor crônica no corpo todo, associada a distúrbios do sono, fadiga e sintomas depressivos.
Como é feito o diagnóstico das doenças?
Um bom diagnóstico passa obrigatoriamente por uma conversa com o paciente e a realização do exame físico (geral e do sistema osteoarticular). No entanto, pela similaridade de muitas doenças e a complexidade das mesmas, na maioria das vezes é preciso realizar alguns exames específicos.
Assim, é muito comum o profissional solicitar exames complementares. Eles são fundamentais para investigar a presença de doenças reumáticas autoimunes, tanto de laboratório como de imagem. Assim, é possível analisar o sistema musculoesquelético. Neste último caso, os mais comuns são:
- Densitometria óssea;
- Radiografia simples;
- Ultrassonografia;
- Ressonância magnética.
Após o diagnóstico adequado da doença, o reumatologista indicará quais opções terapêuticas indicadas para cada caso, com objetivo de prevenir manifestações da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
É possível prevenir e curar as doenças reumatológicas?
Diversas doenças tratadas pelo médico reumatologista possuem cura, como nos casos da tendinite e lombalgia.
Há algumas doenças que, apesar de não contarem com a cura definitiva, melhoram substancialmente com o tratamento. É o que se chama no ramo da reumatologia de remissão.
É o caso da artrite reumatóide e da espondilite anquilosante que, quando tratadas em fase bem inicial,podemos atingir a remissão. Ou seja, com ou sem o uso de medicamentos, o paciente pode conseguir ficar totalmente livre de sintomas.
Quanto à prevenção, o papel do médico reumatologista consiste principalmente em minimizar os prejuízos, a fim de evitar que a pessoa fique incapacitada de realizar suas atividades. Isso porque, como a grande maioria tem como causa o fator genético, é muito difícil que eles consigam conter o seu aparecimento.
Fonte:
Sociedade Catarinense de Reumatologia