Conceito e classificação
Antimicrobianos primariamente bacteriostáticos, quando em concentrações terapêuticas. Apresentam amplo espectro de ação, incluindo bactérias gram-positivas, gram-negativas aeróbias e anaeróbias, espiroquetas, riquétsias, micoplasma, clamídias e alguns protozoários.
Propriedades farmacológicas
A absorção oral das tetraciclinas é prejudicada pela ingesta concomitante de alimentos, antiácidos, leite e ferro.
É encontrada em pequena quantidade em muitos fluidos orgânicos como: pulmões, fígado, rins, cérebro, escarro, LCR (10 a 26% do nível sérico), líquido sinovial, mucosa dos seios nasais e líquido biliar. Atravessam a barreira transplacentária e são excretadas no leite materno.
Todas as tetraciclinas são eliminadas pela urina e fezes, sendo a via renal a mais importante.
Indicações clínicas
Podem ser utilizadas no tratamento de infecções causadas por clamídias, riquétsias, cólera, brucelose e actinomicose. São alternativas no tratamento de infecções causadas por Mycoplasma pneumoniae, N. gonorrhoeae, H. ducreyi, Treponema pallidum e em pacientes com traqueobronquites e sinusites.
Efeitos colaterais
- podem causar reações alérgicas como: urticárias, exantemas, edema periorbitário e reações anafiláticas;
- podem causar alterações na cor dos dentes em crianças, hipoplasia do esmalte dentário e crescimento ósseo anormal, principalmente se utilizadas durante a gestação;
- os efeitos gastrintestinais mais comuns são: náuseas, vômitos e diarréia;
- cefaléia, incapacidade de concentração e, em raros casos, hipertensão intracraniana, também são relatados.