Apesar de ter sido adotada por muitas pessoas, elas não são necessárias para a população em geral no atual estágio da epidemia, segundo especialistas. Entenda.
Apesar de muita gente ter passado a usar máscaras para se tentar se prevenir do Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, especialistas dizem que o uso delas não é necessário para a população em geral no atual estágio da epidemia.
Para Wladimir Queiroz, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, especialista em doenças infecciosas e parasitárias e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), máscaras são recomendadas “só para quem estiver em contato com alguém com qualquer sintoma gripal”.
Nancy Bellei, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e consultora da SBI, afirma: “O uso de máscaras é recomendado para profissionais de saúde e pacientes infectados que circulam em ambientes públicos ou hospitalares”.
A recomendação para quem usa a máscara é usá-la bem justa ao rosto, sem vãos laterais que permitam a circulação de gotículas que possam estar contaminadas.
Quais cuidados para se previnir contra o Coronavírus?
Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar, lavar as mãos e evitar contatos com pessoas doentes são algumas das orientações do Ministério da Saúde para se prevenir contra o novo coronavírus.
O ministério elaborou uma relação de cuidados básicos de prevenção para reduzir o risco de contrair ou transmitir o vírus seguindo a lista abaixo:
- Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal;
- Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;
- Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;
- Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;
- Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.
Sem pânico
Para o infectologista Ronald Pedrosa, é necessário reforçar os cuidados para evitar o contágio (veja acima), mas não há motivo para os brasileiros entrarem em pânico, mesmo em ambientes com grande circulação de pessoas vindas de outros países, como por exemplo aeroportos.
“Você talvez veja funcionários de alfândega usando máscaras e luvas, mas não há necessidade de ir ao aeroporto usando uma máscara ou entrar em pânico se alguém tossir ao seu lado. Apenas lave bem suas mãos e siga as regras básicas de higienização”, indica o médico.
Ele lembra ainda que, mesmo nos países com maior número de casos, a grande maioria deles não tem gravidade, e que apenas as pessoas com idade avançada e saúde debilitada são as que correm mais risco.
Pedrosa não descarta que turistas que vieram ao Brasil para o carnaval possam ter trazido o vírus, sem saber que estavam contaminados, e que novos casos possam surgir daqui a alguns dias, após o período de incubação, que pode durar até 14 dias.
Isso porque, uma vez que o coronavírus passou a se disseminar mais através da Europa, torna-se mais difícil evitar sua propagação mundial.
“Enquanto ele estava restrito à China, era mais fácil fechar as fronteiras para conter a doença. Mas, uma vez que ela chegou à Europa, isso se torna muito mais complicado”, afirma.
Fontes:
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2020/02/26/mascaras-servem-para-protecao-contra-o-novo-coronavirus.ghtml
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/02/25/saiba-quais-os-cuidados-basicos-para-reduzir-as-chances-de-contagio-por-coronavirus.ghtml