O uso de bicarbonato endovenoso em vez de solução salina e a administração de N-acetilcisteína não são estratégias efetivas para prevenir a nefropatia por contraste em pacientes com doença renal crônica que recebem angiografia. Isso se extrai do estudo randomizado PRESERVE, que foi apresentado nas sessões científicas do congresso da AHA 2017 e publicado simultaneamente no New England Journal of Medicine (NEJM).
A taxa de desfecho primário combinado de morte, diálise ou aumento persistente da creatinina em 90 dias não se reduziu com a intervenção.
Com base nestes achados, a prevenção da nefropatia por contraste deveria incluir a administração de solução salina, mas não há lugar para a N-acetilcisteína.
É provável que o impacto deste estudo seja limitado, já que simplesmente confirmou o que a maioria dos especialistas já sabia.
Talvez outras opções como a administração de fluidos guiada hemodinamicamente sejam mais efetivas na prevenção da nefropatia por contraste.
Estava planejado o recrutamento de 7.680 pacientes para o trabalho, mas a randomização foi detida precocemente quando a inclusão tinha chagado a 5.177 pacientes, já que a análise interina mostrou ausência de diferenças significativas entre os grupos.
O desfecho primário não diferiu entre o grupo que recebeu bicarbonato de sódio e solução salina (404% vs. 4,7%; OR 0,93) e entre o grupo que recebeu N-acetilcisteína e placebo (4,6% vs. 4,5%; OR 1,02). Nenhum subgrupo de pacientes se beneficiou da intervenção.
Título original: Outcomes after angiography with sodium bicarbonate and acetylcysteine.
Referência: Weisbord SD. N Engl J Med. 2017;Epub ahead of print.
Fonte:
Sociedad Latinoamericana de Cardiologia Intervencionista