Pergunta : Matheus (Universidade de Pernambuco) |
Estou prestes a me formar, e pretendo fazer residência em medicina nuclear, infelizmente é uma área pouco estudada durante o período acadêmico, e até desconhecida por alguns médicos. Encontrei algumas respostas sobre a medicina nuclear aqui no site, porém gostaria de saber qual o panorama atual e futuro da especialidade, principalmente em relação ao mercado de trabalho para os especialistas recém formados, e a remuneração nos centros fora do eixo rio-sp, levando em consideração a carga horária dos serviços, que geralmente funcionam em horário comercial. Obrigado desde ja! Resposta : A Medicina Nuclear é uma especialidade pouco conhecida dos médicos e muitos estudantes nem tem noção do que faz um especialista nessa área. Talvez, por isso, poucos estudantes façam essa escolha. No Brasil temos apenas 438 especialistas em Medicina Nuclear A Medicina Nuclear é uma especialidade que usa compostos radioativos para obter informações diagnósticas e para o tratamento de doenças. Seus procedimentos permitem a determinação de informações diagnósticas sem que seja necessário, intervenções cirúrgicas, ou de outros testes diagnósticos invasivos. Os procedimentos identificam frequentemente muito cedo anormalidades na progressão de uma doença ao longo do tempo, ou até mesmo antes da apresentação de sintomas. Em sua forma mais básica, um estudo em medicina nuclear envolve a administração de pequenas quantidades de compostos, que são marcados com radionuclídeos gama emissores ou pósitron emissores, no organismo. O composto radiomarcado é chamado de radiofármaco, ou geralmente chamado de traçador ou radiotraçador. Existem diversos tipos de radiofármacos disponíveis que são úteis para estudar diferentes partes do corpo. O conteúdo do programa de residência em Medicina Nuclear, geralmente abrange: Física e Biologia das radiações. Normas de proteção radiológica. Radiofarmácia. Recursos tecnológicos. Anatomia, fisiologia, fisiopatologia, indicações terapêuticas e realização e avaliação dos exames nos diversos sistemas orgânicos. O concurso para residência médica em Medicina nuclear é classificado como de “acesso direto” e tem a duração de 3 anos, mas se o médico já tiver feito residência em clinica médica ou radiologia, esse tempo pode ser encurtado ( a critério do serviço). O inverso não é verdadeiro, ou seja, se vc fez a residência de medicina nuclear não pode simplesmente complementar e ser radiologista. A procura não é muito grande. A relação candidato-vaga é de 1:1 ou 2:1 Os melhores locais para se fazer essa residência são os grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro O Mercado de trabalho é bom pelo pequeno número de profissionais e além disso permite uma boa qualidade de vida e flexibilidade de horários. Na maioria das vezes vc vai ser sempre “empregado” e não “patrão”. No Rio de Janeiro, onde existem poucos serviços, e todos exigem exclusividade, o salário mensal para uma carga horária de 30 – 40 h semanais, está entre 10 e 15.000,00. Em Sao Paulo, o salário é mais do dobro desse. Fora do eixo Rio-São Paulo aparecem ofertas entre 30 a 40.000,00 mensais. A sugestão é que antes de se aventurar na escolha dessa especialidade, vc defina qual cidade pretende morar e procure ver se existe esse tipo de serviço na cidade ou na periferia e qual o interesse desse serviço por mais profissionais. Aí terá também uma ideia do salário local. Sucesso Mário Novais |
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