A pró-proteína – enzima convertase – PCSK9 é responsável por degradar o receptor de LDL nos hepatócitos. Portanto, sua atividade pode induzir hipercolesterolemia pelo menor metabolismo das lipoproteínas de baixa densidade (note que o LDL é mais danoso à homeostase do organismo quando em excesso na circulação sanguínea). Sabe-se que determinados tipos de hipercolesterolemia familiar são decorrentes da hiperexpressão do gene responsável pela síntese da enzima.
A inibição da convertase por meio de anticorpos, então, vem sendo alvo de estudos no intuito de se tornar uma possibilidade no manejo clínico de determinados pacientes. Tal atividade gera aumento da expressão dos receptores para LDL. A associação desse efeito ao das estatinas de inibição da HMG-CoA redutase e de estímulo aos receptores de LDL pode trazer benefícios no tratamento de doentes com hipercolesterolemia.
Entre as suas vantagens, encontram-se a possibilidade de uso em pacientes com alergia às estatinas e também o uso injetável quinzenalmente, além dos baixos efeitos colaterais registrados até o momento.
Há subtipos dos anticorpos anti-PCSK9 envolvidos em estudos nas fases 2 e 3, de acordo com New England Journal of Medicine.
Outra forma ainda em estudo seria o uso de anticorpos específicos para inibir a ação da PCSK9 por meio do RNA de interferência.
Promissoras investidas nos ensaios clínicos envolvendo a inibição da convertase estão em desenvolvimento ao redor de todo o planeta, e, em breve, provavelmente novidades no tratamento de dislipidemias serão divulgados.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/eins/v10n4/pt_v10n4a24.pdf
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Março 22, 2023