Aproximadamente 11% das mortes em hospitais acontecem pelo declínio do quadro do paciente, não sendo reconhecido logo ou tratado da maneira correta. No entanto, uma das principais organizações de saúde do mundo, a US Department of Veterans Affairs (VA), em parceria com a DeepMind, empresa focada em inteligência artificial, anunciou que está trabalhando para prever mudanças potencialmente fatais na condição de um paciente mesmo antes de qualquer sinal de advertência.
Para isso, especialistas e pesquisadores de renome mundial estão analisando os padrões de 700 mil registros médicos, a fim de determinar se a tecnologia de aprendizado da Learning Machine, equipamento capaz de prever a evolução do paciente, pode identificar com precisão os fatores de risco durante a internação hospitalar, prevendo corretamente a piora do enfermo. A princípio, a pesquisa se concentra nos fatores de risco da insuficiência renal aguda (IRA), que é a perda súbita da capacidade dos rins filtrarem resíduos, frequentemente ocorrendo, sem sinais de aviso, após procedimentos de rotina. A pesquisa também foca na pneumonia, porque seu início também é repentino e, muitas vezes, assintomático. Ambas podem ser fatais.
“Em um mundo onde quase todos os recursos hospitalares se destinam a solucionar sintomas depois que as pessoas já estão doentes, esperamos que técnicas de previsão possam pavimentar o caminho para melhores cuidados preventivos de saúde, evitando que as pessoas fiquem doentes.” – Dominic King, da DeepMind Health.
O Trabalho que a DeepMind e a VA estão realizando ainda é exploratório, mas há otimismo quanto ao potencial de longo prazo da tecnologia de aprendizagem da Learning Machine. Eles esperam aplicar abordagens semelhantes para outros sinais de declínio evitando que pacientes possam desenvolver infecções e condições graves. Em última análise, salvar vidas.
Fonte: DeepMind
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