Em pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos. O índice brasileiro está acima da média latino-americana (próximo de 65,5). A média global, por sua vez, é bem inferior, atingindo cerca de 46 nascimentos a cada mil.
O relatório da OMS foi divulgado na quarta-feira (28) e as taxas se referem ao último período analisado – entre 2010 e 2015.
Outra questão de relevância levantada pelo estudo é que a América Latina é a única região do mundo com uma tendência crescente de gravidez entre adolescentes menores de 15 anos.
Também o documento indica que, apesar de a fecundidade total na América Latina ter diminuído nos últimos 30 anos, o mesmo ritmo não foi observado nas gestações de adolescentes.
Comparativo entre os países:
Taxa de nascimentos a cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos
Países | 2005-2010 | 2010-2015 |
Brasil | 70,9 | 68,4 |
Chile | 52,7 | 49,3 |
Argentina | 60,6 | 64 |
Estados Unidos | 39,7 | 22,3 |
Mexico | 71,2 | 66 |
Canadá | 13,9 | 11,3 |
Venezuela | 82,6 | 80,9 |
Bolívia | 81,9 | 72,6 |
Além disso, outros aspectos foram abordados no relatório, como a mortalidade. Segundo ele, a mortalidade materna é uma das principais causas da morte entre adolescentes e jovens de 15 a 24 anos na região das Américas.
Ainda, globalmente, o risco de morte materna se duplica entre mães com menos de 15 anos em países de baixa e média renda.
Para reduzir os casos acima apresentados, a OMS indica que os países com taxas altas apoiem programas dirigidos para mulheres em maior vulnerabilidade para gestações precoces, aliado à um maior oferecimento a métodos anticoncepcionais e que sejam iniciados programas de educação sexual para homens e mulheres.
O relatório sugere ainda que se promovam medidas e normas que proíbam o casamento infantil e as uniões precoces antes dos 18 anos.
Outras medidas de prevenção indicadas no relatório incluem prevenir as relações sexuais sob coação e manter um entorno favorável para a igualdade de gênero.
Fonte: Globo.com; OMS e Organização Pan-Americana de Saúde