A síndrome da fadiga crônica – ou encefalomielite miálgica – apesar de ainda permanecer com muitas informações não elucidadas, é caracterizada por astenia inexplicável persistente ou recorrente de pelo menos um semestre de duração. O descanso não alivia seus sintomas e a doença é a causa de uma redução substancial dos níveis de atividades ocupacionais, educacionais, sociais e pessoais.
Os sintomas da doença não se restringem apenas à fadiga extrema, mas englobam – em diferentes níveis de intensidade e qualidade dependendo do indivíduo – comprometimento cognitivo, mal-estar, sono irreparável, cefaleia, mialgia, artralgia, dor de garganta, linfadenopatia, hipersensibilidade ao ruído, luz ou determinados alimentos, e distúrbios autonômicos.
Um estudo da Stanford University School of Medicine avaliou o perfil imunológico de pacientes doentes e hígidos avaliando as citocinas dos envolvidos na pesquisa de modo a buscar uma correlação entre as moléculas e a patologia.
Foi constatado um aumento de dezessete citocinas nos pacientes com alto nível de gravidade da doenças, de maneira que, das dezessete, trezes são pró-inflamatórias – fato que muito provavelmente contribui para o desenvolvimento dos sintomas dos doente.
Nesse contexto, o estudo confirma que síndrome da fadiga crônica ou encefalomielite miálgica é uma doença inflamatória. As citocinas identificadas na pesquisa, também, podem ser capazes de auxiliar no diagnóstico da doença e no estabelecimento de novas medidas terapêuticas.
Fonte: https://pebmed.com.br/estudo-comprova-que-fadiga-cronica-e-uma-doenca-inflamatoria/
Autor: Rafael Kader.