O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, entre o esôfago e o intestino delgado. É o segmento mais dilatado do tubo digestório e é dividido em 4 áreas principais: cárdia, fundo, corpo e piloro. No post de hoje, iremos abordar os principais temas da fisiologia gástrica que se relacionam com a úlcera péptica.
As glândulas gástricas são constituídas por diferentes tipos celulares. As células principais são as responsáveis pela secreção de pepsinogênio, enquanto as células parietais secretam HCl e fator intrínseco. Existem também as células mucosas (secretam muco) e as células enterocromafins (secretam histamina, gastrina, serotonina e VIP). A secreção gástrica sofre influência de diversas substâncias. Observe a tabela abaixo.
Origem |
Função |
|
Gastrina | Células G (antro) | Estimulador mais potente da célula parietal. Estimula também a célula enterocromafim. |
Histamina | Célula enterocromafim (fundo) |
Estimula a célula parietal (receptores H2). |
Acetilcolina | Nervo vago | Estimula a célula parietal (receptores muscarínicos M3). |
Somatostatina | Célula D (antro) | Inibe a célula parietal, a célula G e a célula enterocromafim. |
A secreção ácida pode ser dividida em 3 fases.
Fase cefálica: a visão, o olfato e o sabor dos alimentos estimulam a secreção gástrica através do nervo vago.
Fase gástrica: se ativa quando os nutrientes (aminoácidos) entram no estômago e estimulam diretamente as células G. A distensão do estômago também estimula a liberação de gastrina.
Fase intestinal: mediada pela distensão do lúmen do intestino delgado e pela assimilação de nutrientes.
Outro ponto importante são as defesas da mucosa gástrica. Dentre elas destacamos: muco gástrico, íons bicarbonato, barreira mucosa (são as próprias células epiteliais e suas junções), fluxo sanguíneo (fator protetor mais importante) e prostaglandinas (estimulam secreção de muco e bicarbonato, favorecem a reepitelização e modulam o fluxo sanguíneo).