A escabiose é causada pela fêmea fecundada do ácaro Sarcoptes scabiei, que penetra através da camada córnea da pele, escavando túneis na epiderme e realizando a ovopostura. Transmissão ocorre pelo contato direto e, mais raramente, através de fômites (fora do hospedeiro, estes ácaros não sobrevivem muito tempo).
Surge um quadro de prurido intenso, especialmente à noite e ao amanhecer (a noite é o momento de maior atividade parasitária). A lesão mais característica é o túnel, linear e sinuoso, e que possui uma pápula ou vesícula em uma de suas extremidades (local em que pode ser encontrado o ácaro). Ocorre preferência pelas partes mais quentes do corpo (nádegas, genitais, axilas, punhos e pés); em crianças e em imunodeprimidos, pode ocorrer acometimento da cabeça.
Uma variante, a escabiose crostosa (sarna norueguesa), ocorre em pacientes imunodeprimidos, apresentando-se com graus variados de eritema e descamação, podendo ocorrer acometimento generalizado.
Tratamento é realizado com anti-histamínicos sistêmicos (para alívio do prurido) e com medicações escabicidas tópicas ou sistêmicas. Entre as tópicas, podemos citar: permetrina 5%, monossulfiran 25% em solução alcoólica, benzoato de benzila, enxofre precipitado 5-10% em vaselina. Como tratamento sistêmico, destaca-se a ivermectina via oral. É fundamental tratar todos os indivíduos que moram com o paciente.