Nos quadros diarreicos, a grande preocupação do médico recai sobre o risco de desidratação, uma complicação que pode inclusive levar a criança ao óbito. Desta forma, mais importante que reconhecer o agente etiológico, é uma adequada avaliação da hidratação do paciente, o que irá nortear a escolha do plano terapêutico mais adequado.
Diante de uma criança com diarreia aguda, deve-se imediatamente reconhecer a gravidade da desidratação. Para isso, utilizamos a classificação do Ministério da Saúde/OMS. Existe também a classificação do CDC (na verdade, as duas são bem parecidas…)
OK. Agora vamos recordar a classificação:
Sem desidratação | Desidratação (se ≥ 2 sinais) | Desidratação Grave (se ≥ 2 sinais) | |
Condição geral | Alerta | Irritado | Letárgico |
Sede | Bebe normalmente | Sedento | Incapaz |
Pulso | Cheios | Rápido e débil | Muito débil ou ausente |
Enchimento Capilar | < 3 segundos | 3 – 5 segundos | > 5 segundos |
Sinal da Prega | Desaparece rapidamente | Desaparece lentamente (< 2 segundos) | Desaparece muito lentamente (> 2 segundos) |
Olhos | Normais | Fundos, encovados | Muito fundos |
Lágrimas | Presentes | Diminuídas | Ausentes |
Mucosas | Úmidas | Secas | Muito secas |
Uma observação: a pesquisa do enchimento capilar é deita comprimindo-se a mão fechada da criança durante 15 segundos (o observador retira a sua mão e observa o tempo de retorno da coloração).
De acordo com a classificação da criança, adotaremos determinada conduta terapêutica.São os planos A, B e C, assuntos de nossa próxima postagem. Até lá!