Mais algumas imagens para praticarmos o que temos estudado! Vamos lá!
Treinando o Olho 2
Mais algumas imagens para praticarmos o que temos estudado! Vamos lá!
Imagem 1: exame microscópico a fresco da secreção vaginal em mulher com queixa de corrimento.
Imagem 2: escolar com quadro de poliartrite e febre com o seguinte exame. Qual a suspeita diagnóstica?
Na primeira imagem, podemos visualizar as chamadas clue cells (ou células guia), típicas da vaginose bacteriana. Correspondem a células epiteliais vaginais com sua membrana recoberta por bactérias, tornando seu contorno granuloso e impreciso. Apesar de ser um achado característico de vaginose bacteriana, podem estar ausentes em até 40% dos casos. Além disso, sua presença isoladamente não fecha o diagnóstico.
Na situação 2, temos uma criança com poliartrite e febre, apresentando um ECG mostrando um bloqueio atrioventricular de 1⁰ grau (alargamento do intervalo PR, cujo tamanho normal é de 3 a 5 quadradinhos). Neste caso, devemos procurar por evidências de uma infecção recente pelo estreptococo, sendo a febre reumática nossa principal suspeita diagnóstica. Vamos recordar os famosos critérios de Jones para diagnóstico desta entidade:
Critérios de Jones (2 maiores ou 1 maior + 2 menores)
Critérios Maiores |
Critérios Menores |
1. Poliartrite 2. Cardite 3. Coreia de Sydenham 4. Nódulos Subcutâneos 5. Eritema Marginatum
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1. Artralgia 2. Febre 3. ↑ reagentes de fase aguda 4. Alargamento do intervalo PR
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→ Critério obrigatório: evidência de infecção recente pelo estreptococo (sorologia, swab de orofaringe ou história de escarlatina recente).
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→ Critério alternativo: paciente jovem que apresenta coreia isolada.
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* Obs: se portador de cardiopatia reumática, diagnóstico de recorrência com apenas 2 CRITÉRIOS MENORES + OBRIGATÓRIO.
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Não deixem de conferir a postagem anterior do Treinando o Olho! Até a próxima!
Igor Torturella