Hoje daremos continuidade a esse tópico de imensa importância na prática médica. Fique atento ao processo e some mais esse conhecimento ao seu currículo. Seja bem vindo!
A fisiopatologia da SEPSE está intrinsicamente ligada à sua origem, dependendo, portanto, além de outros fatores, do sítio de infecção e dos agentes desencadeantes. Pode ou não haver invasão da corrente sanguínea por microrganismo, pois as substâncias tóxicas produzidas pelo mesmo e a inflamação também podem causar, à distância, um quadro de disfunção orgânica e hipotensão.
Quais microrganismos podem causar SEPSE?
QUALQUER um, sendo mais comuns fungos, bactérias Gram-negativas e Gram-positivas.
- Gram-negativas: Pseudomonas aeruginosa, Kleibsiella sp, E. coli.
- Gram-positivas: S. aureus, S. pneumoniae.
O sistema imunológico responde de maneira particular a cada invasor, potencializando a resposta inata.
Resposta inata: receptores toll-like
Respostas adaptativas ou específicas.
Resumindo a resposta imune e a inflamação:
As bactérias possuem moléculas em suas superfícies que se ligam aos receptores toll-like em neutrófilos, monócitos e macrófagos. Isso leva à transcrição de citocinas, a citar TNF-alfa e IL-6.
Linfócitos B produzem as imunoglobulinas e há a ativação do sistema complemento.
Linfócitos Th1secretam citocinas pró-inflamatórias (TNF-alfa, IL1-beta).
Linfócitos Th2 secretam citocinas anti-inflamatórias (IL-4, IL-10).
Veja o esquema:
Continuaremos, no próximo artigo, falando um pouco sobre as demais alterações, observadas no organismo, que fazem parte do complexo quadro de SEPSE/CHOQUE SÉPTICO. Continue conosco!
Celso Neto
Bibliografia
1. Sociedade Brasileira de Infectologia
2. Revista Brasileira de Terapia Intensiva
3. International Guidelines for Management of Severe Sepsis and Septic Shock
4. MARTINS, Herlon Saraiva et al. Emergências clínicas: abordagem prática. 9. ed. São Paulo: Manole, 2014.