O ultrassom é um método de imagem essencial no exame de nódulos tireoidianos. O examinador avalia tamanho, limites, padrão de vascularização entre outras características afim de determinar se o nódulo é maligno ou não. Entretanto, o ultrassom não só é incapaz de dar certeza de malignidade ou não, como a sensibilidade e especificidade do exame é rodeada por incerteza. Selecionamos para nossos leitores um artigo de revisão para discutir um pouco sobre o assunto.
A complexidade que envolve a precisão do método se deve a diversos fatores, principalmente experiência e habilidade do operador de ultrassom e tipo de câncer (papilífero, folicular, medular…).
A característica que foi mais fortemente associada a malignidade foi o nódulo ter comprimento maior que a largura, enquanto a aparência espongiforme foi a principal relacionada a benignidade. Esta e a consistência cística foram evidenciadas como as únicas capazes de dispensar a punção aspirativa por agulha fina com segurança. A desvantagem de usar estas características como parâmetro é que elas são pouco frequentes.
Este estudo trouxe pouca informação para uma meta-análise, mas podemos tirar um conclusão positiva deste fato: na investigação dos nódulos tireoidianos o mais importante não é o uso do ultrassom ou de outro exame isoladamente, mais sim todos os exames em conjunto seguindo um algoritmo racional baseado em evidências. Se vocês quiserem, podemos escrever um artigo sobre o assunto na nossa seção de prática médica!
Yan Carvalho