O verão já está chegando e junto com ele, a dengue. Fique sabendo como tratar essa doença tão comum no nosso país de clima tropical.
Primeiramente vale lembrar que os salicilatos são contraindicados em dengue confirmada ou suspeita por agravarem o estado pró-hemorrágico da doença. Devem ser receitados analgésicos e antieméticos para os sintomas. Caso o paciente tenha apresentado diarréia e/ou vômitos importantes, a reposição volêmica deve ser iniciada.
Os doentes com menos de 100.000 plaquetas/mL ou com aumento de mais de 10% hematócrito devem ser internados e hidratados, ou por via oral ou paraenteral. Se em 24-48 horas houver melhora clínica e laboratorial, o paciente pode ter alta.
Pacientes com mais 100.000 plaquetas/mL e/ou aumento do hematócrito menor que 10% podem ser tratados ambulatorialmente.
Pacientes graves que apresentarem hemorragia ou hipotensão, a conduta é hospitalização imediata e reposição volêmica com Ringer lactato ou SF 0,9%. Caso o choque persista ou não ocorrar melhora do hematócrito, deve ser iniciado colóide. Para controle das hemorragias, podem ser usados o plasma fresco congelado, plaquetas ou crioprecipitado.
Deve-se transfundir plaquetas: nos pacientes com menos de 50.000/mm3 plaquetas e suspeita de hemorragia no sistema nervoso central ou trato GI; nos pacientes com plaquetopenia menor que 20.000/mm3 e sangramento ativo. A reposição é de uma unidade de plaqueta para cada 10 Kg, de 8 em 8 ou de 12 em 12 horas até atingir a resolução da hemorragia.
Fonte: Emergências Clínicas: Abordagem Prática. Martins et al. 8a ed. Editora Manole.