Pergunta: Diogo Mendes ( Universidade do vale do Sapucaí )
Dr. Mário, parabens pelo site. Tenho muito interesse em trabalhar com doenças raras, casos diferentes, que envolvam raciocínio diagnóstico. Qual especialidade seguir? O senhor, por ser mais experiente, que vivencia tem com doenças raras? Com que frequencia se ve esses casos diferentes? Obrigado.
Resposta :
Independente da escolha que for feita, depois de algum tempo de formado, o profissional médico vai verificar que o dia a dia fica bastante repetitivo.
Por um lado isso é bom porque torna o exercício profissional muito mais fácil, mas por outro lado pode levar a uma certa monotonia, que só não fica maior porque apesar das patologias serem quase sempre as mesmas, os pacientes são diferentes e reagem de forma diferente, tanto do ponto de vista orgânico quanto psicológico.
Quando o especialista está ligado a algum hospital e ali desempenha parte de suas atividades, o cotidiano fica menos monótono, pela drenagem de patologias mais diversas e pelo contato com outros profissionais da mesma ou de outras especialidades.
De qualquer modo, algumas especialidades lidam com patologias mais graves (não obrigatoriamente exigindo maiores raciocínios diagnósticos). É o caso da neurologia, da oncologia, da hematologia, das arritmias cardíacas, da hemodinâmica, da reumatologia, da genética , da neurocirurgia ou mesmo da medicina intensiva.
Essas especialidades que lidam com pacientes mais graves ou com doenças incuráveis exigem do profissional uma estrutura pessoal forte, pois são consideradas especialidades “tristes”.
Sucesso
Mário Novais