Pergunta: Cecília Santos
…Primeiramente gostaria de agradecer pelos conselhos e disposição para criação do site. Me formei em 2011, atuei como Psf por 6 meses e plantões de urgência,
pois pretendia ter algum rendimento econômico para compra de automóvel e apartamento. Meu objetivo sempre foi a área cirúrgica, então realizei estágios em unidade de trauma por 3 anos e acompanho alguns colegas que ingressaram na residência de cirurgia. No entanto, optei por tambem não iniciar a residência no próximo ano para concluir meus objetivos financeiros tranquilamente. Por esse motivo, levanto algumas questões que começaram a me preocupar recentemente. 1- Pós graduação e especializações de qualidade podem substituir a residência na questão mercado de trabalho/remuneração? 2- A área cirúrgica não é muito buscada por mulheres devido ao constante aperfeiçoamento de técnicas, tornando difícil a formação familiar e tempo disponível para filhos. Existe alguma área cirúrgica que possa atender a situações inerentes ao gênero? 3- Em seu site, encontrei um artigo interessante evidenciando que apenas 13,5% dos médicos possuem outras fontes de renda. Você conhece o motivo? A abertura de um centro ambulatorial, por exemplo, é complicado devido a burocracia ou a falta de recursos?
Resposta :
A melhor formação profissional é dada pelos programas de residência médica, principalmente se o programa faz parte de uma estrutura hospitalar boa, com um bom staff e com bastante pacientes.
Na área cirúrgica, a quantidade de pacientes é fundamental, porque a prática vale muito para vc ter bons resultados, o que sem dúvida, influenciará no sucesso com a clientela.
Existem cursos de pós graduação em cirurgia, mas a maioria é deficiente no exercício prático da especialidade.
Algumas áreas cirúrgicas são bem tranquilas e podem permitir uma boa qualidade de vida, mesmo para mulheres. Entre elas podemos citar a cirurgia vascular.
Mesmo gostando de cirurgia, vc pode analisar a possibilidade de optar por alguma especialidade clínico-cirúrgica, como a oftalmologia, que sendo uma especialidade de acesso direto pode ser interessante para quem já perdeu alguns anos para iniciar uma formação profissional básica.
Uma pequena percentagem de médicos tem renda fora da medicina porque os médicos gastam muito tempo estudando e acabam ficando alienados de outros assuntos e por isso tem receio de investir em outras áreas que não sejam a área médica.
Centros ambulatoriais de especialidades clínicas tem grande dificuldade de conseguir convênios com planos de saúde. Os convênios acreditam que nesses centros os clientes vão ficar pulando de um especialista para outro, aumentando os custos para esses convênios.