A faringoamigdalite aguda esptreptocócica (FAE) é uma infecção aguda da orofaringe, na maioria das vezes, produzida por Streptococcus pyogenes do grupo A.
Acomete com maior freqüência crianças após os cinco anos de vida.
Essa estreptococcia é mais comum no final do outono e inverno.
FAE é responsável por aproximadamente 15% dos casos de faringite aguda, que além das complicações supurativas ,pode desencadear reações não supurativas tardias, como febre reumática (FR) e glomerulonefrite difusa aguda (GNDA).
Tratamento geral
– Repouso no período febril.
– Estimular ingestão de líquidos não ácidos e não gaseificados e de alimentos pastosos, de preferência frios ou gelados.
– Analgésico e antitérmico: acetaminofeno ou ibuprofeno.
– Irrigação da faringe com solução salina isotônica morna.
Tratamento específico
– Antimicrobianos: encurtam a fase aguda e reduzem complicações. Os antibióticos de primeira escolha são a penicilina G ou a amoxicilina.
– Fenoximetilpenicilina (Penicilina V Oral)
a)
b) >27 kg: 800.000 U (500 mg), 8/8 horas, por 10 dias.
– Penicilina G benzatina: garante o tratamento em casos de suspeita de má adesão ao tratamento.
a)
b) >27kg: 1.200.000 U, IM, dose única.
A injeção torna-se menos dolorosa se o frasco for previamente aquecido à temperatura corporal. Observação: a penicilina G benzatina deve ser considerada como primeira escolha no tratamento da FAE, em casos de potencial não adesão ao tratamento.
– Amoxicilina: 40-50 mg/kg/dia, VO, 8/8 horas ou 12/12 horas, por 10 dias.
– Eritromicina estolato (alérgicos a penicilina): 20-40mg/kg/dia, em 2-3 tomadas por dia, por 10 dias.
– Cefalexina: dose: 30mg/kg/dia, 8/8h, por 10 dias.
*Obs: tetraciclinas e sulfonamidas não devem ser utilizadas no tratamento de FAE.
Fonte:
Jornal de Pediatria, Paulo M.C. Pitrez, José L.B. Pitrez. Infecções agudas das vias aéreas superiores –diagnóstico e tratamento ambulatorial