Cistite ou ITU não complicada:
a) Sulfonamidas: dentre as sulfonamidas, quimioterápicos com ação bacteriostática,
destaca-se a associação Sulfametoxazol-trimetoprim (SMZ-TMP) ou Cotrimoxazol, preferencialmente em formulações de 800mg de SMZ associados a 160mg de TMP para uso de 1 cp 12/12hs.
Cistite ou ITU não complicada:
a) Sulfonamidas: dentre as sulfonamidas, quimioterápicos com ação bacteriostática,
destaca-se a associação Sulfametoxazol-trimetoprim (SMZ-TMP) ou Cotrimoxazol, preferencialmente em formulações de 800mg de SMZ associados a 160mg de TMP para uso de 1 cp 12/12hs.
b) Nitrofurantoína (Macrodantina), na dose de 100mg 6/6hs).
c) Quinolonas: Ácido nalidíxico, 500mg 8/ 8hs, Ácido pipemídico, 400 mg 12/12hs
d)“Novas” Quinolonas: Norfloxacina 400mg 12/12hs, Ciprofloxacina 250 mg 12/12hs.
Outras como a Lomefloxacina, Ofloxacina, Pefloxacina, etc. também podem ser utilizadas.
e) Cefalosporinas: A mais utilizada de 1a geração por via oral é a Cefalexina 250 mg 6/ 6hs e das de 2ª geração, o Cefaclor 250 mg 12/ 12hs.
As cefalosporinas de 2ª e 3ª geração possuem espectro maior contra bactérias
gram-negativas exceto enterococcus e a atividade contra pseudomonas é variável.
Síndrome uretral e prostatite:
– tetraciclinas (tetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina, minociclina) é especialmente efetivo no tratamento de infecções por Chlamydia Trachomatis (uretrite por Chlamydia deve ser tratada por 7 a 14 dias com Tetraciclina ou Sulfonamida).
Infecções estafilocócicas:
– penicilinas resistentes à ação de germes produtores de penicilinase como oxacilina, cloxacilina e dicloxacilina.
Infecções por anaeróbios:
– podem ser tratadas com metronidazol ou clindamicina.
Duração do tratamento:
I. Dose única: a indicação mais apropriada de tratamento de ITU por dose única é em mulheres com a primeira ITU não complicada, acometendo trato urinário inferior (cistite) já que seu uso inadvertido em ITU alta não reconhecida (mascara transitoriamente a progressão da infecção, com evolução potencial para pielonefrite). Dose única não é eficaz para o tratamento de ITU por Staphylococcus saprophyticus. Uma alternativa de antimicrobiano para a dose única para cistite por provável E. Coli, é a Fosfomicina.
II. Tratamento de três dias: estudos controlados indicam que tratamentos curtos por três dias são os mais adequados no tratamento da ITU baixa.
III. Tratamento de sete dias: ITU em homem sempre deve ser tratada por sete dias e se a infecção persistir na urocultura de controle, mesmo após terapêutica adequada, devem ser investigados fatores complicadores. Pacientes com tratamento pregresso e alta probabilidade de ITU por germes resistentes também devem ser preferencialmente tratadas por sete dias.
IV. Tratamento 10 a 14 dias: o tratamento da ITU “alta” ou “complicada”. Pielonefrite não complicada: o tratamento deve visar o controle ou a prevenção do desenvolvimento de sepse e das conseqüências inflamatórias da pielonefrite, além da erradicação do microorganismo e controle da recorrência precoce.
Obs: ITU complicada: torna-se mais difícil padronizar a recomendação de antibióticos pois o espectro clínico nas ITU complicadas, com alterações anatômicas do trato urinário, é muito amplo e o tratamento irá depender da condição associada do germe identificado.
De maneira geral, nas
– Infecções graves com importante comprometimento sistêmico, as cefalosporinas de 1ª geração (p.ex. Cefalotina), de 2ª geração, (p.ex. Cefoxitina ou Cefuroxima), de 3ª geração (p.ex. Cefetamet pivoxil ou Ceftazidima ou Ceftriaxona) ou mesmo de 4a geração (p.ex. Cefepima) podem ser utilizadas de acordo com o nível de gravidade.
– Os aminoglicosídeos como Amicacina ou Gentamicina são bastante eficazes para germes gram-negativos, mas deve-se ter em mente o especial efeito nefrotóxico destes agentes.
– Ampicilina endovenosa ou Vancomicina aos aminoglicosídeos. Quando somente gram-negativos estão presentes, torna-se preferencial o uso por via parenteral, desde a associação SMZ-TMP, até fluorquinolonas, aminoglicosídeos ou cefalosporinas de amplo espectro como a Ceftriaxona.
– Em pacientes com quadros mais complicados, história de pielonefrites prévias ou manipulação recente do trato urinário, deve ser considerado o uso de monobactâmicos como Aztreonam, ou combinação de inibidores de b lactam b lactamase como Ampicilina-Sulbactam, Ticarcilina-Ácido clavulânico ou ainda de carbapenêmicos como Imipenem-Cilastatina.
Gravidez:
I. Recomendações para profilaxia antimicrobiana de ITU não complicada recorrente durante a gravidez:
– Cefalexina 125 mg/dia
– Cefaclor 250 mg/dia
-Nitrofurantoina 50mg/dia
II. Bacteriúria assintomática: a única indicação absoluta de tratamento de é a
gravidez devido ao risco da bacteriúria predispor à pielonefrite e necrose papilar.
O tratamento deve ser por no mínimo 7 dias. Os antimicrobianos que podem ser utilizados com segurança na gravidez são Cefalexina, Ampicilina, Amoxacilina e Nitrofurantoína (Macrodantina).
– Em casos de pielonefrite, o tratamento é preferencialmente por via parenteral
em nível hospitalar.
Criança:
– o tratamento não difere muito do preconizado no adulto, ajustadas as doses em crianças. No caso de ITU recorrente em crianças, a profilaxia por tempo prolongado com SMZ-TMP (2mg/kg/dose em 1 ou 2 doses diárias do componente SMZ que fornece 10mg/kg/dose do componente TMP) ou Nitrofurantoína 2mg/kg/dia
Fonte:
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v49n1/15390
Cecil, tradução da 23° edição