É caracterizada como distúrbio na concentração de Na corporal total ou H2O corporal total. Definido por Na sérico < 135 mmol/L.
Sendo Significativa: Na <130 mEq/l
Sintomática: Na <120 mEq/l
É caracterizada como distúrbio na concentração de Na corporal total ou H2O corporal total. Definido por Na sérico < 135 mmol/L.
Sendo Significativa: Na <130 mEq/l
Sintomática: Na <120 mEq/l
– Pode ocorrer na Diarréia, SIADH, ICC, uso de tiazídico e hipotireoidismo.
– É o distúrbio hidroeletrolítico mais comum em pacientes hospitalizados e em pacientes críticos.
– Fator de mau prognóstico na ICC.
– O organismo possui defesas naturais contra a hiponatremia. Quando há excesso de água, há hipotonicidade, que é percebida por osmorreceptores hipotalâmicos que atuam cessando a sede e a produção de ADH.
– Causas dos rins não excretarem o excesso de água:
1. Tiazídicos, Addison, Hipotireodismo.
2. Redução na taxa de filtração glomerular.
3. secreção não osmótica de ADH: hipovolemia, dor, náuseas e SIADH.
– Pode haver hiponatremia mesmo com a capacidade de excreção renal mantida, causada por baixos níveis de ADH.
– Causas de hiponatremia com urina diluída:
1. Polidipsia psicogênica.
2. Ingesta acidental de Excesso de água (afogamento).
3. Irrigação com soluções livres de eletrólitos.
4. Múltiplos enemas com água potável.
5. Tea and toast disease (dieta pobre em proteínas e nutrientes, feita principalmente por idosos)
– Causas comuns em terapia intensiva: hipovolemia, IRA, hipotireoidismo, cirrose com ascite, ICC e SIADH.
– A hiponatremia aguda leva a edema cerebral, causando cefaléia, náuseas, sonolência e convulsões.
TRATAMENTO
– Velocidade de correção varia com a apresentação clínica: severidade e sintomas.
I. Pacientes assintomáticos: < 0,5 mEq/L/h; sendo 12 mEq/L em 24 horas.
II. Pacientes sintomáticos: 1,5-2,0 mEq/L/h nas 4 primeiras horas; não ultrapassar 12 mEq/L em 24 horas.
– O método de correção depende do diagnóstico
I. Hipovolemia
1. Soro fisiológico 0,9%: concentração de sódio > plasma, remove estímulo de secreção de ADH
2. Sem necessidade de fórmulas do déficit de sódio (não levam em consideração a auto-correção que ocorre quando cessa o estímulo volêmico para secreção de ADH)
3. quantidade a ser administrada depende da severidade da hipovolemia
II. Hipervolemia:
1. Restrição de água livre
2. Diuréticos de alça
3. Diálise na insuficiência renal
4. Antagonistas do receptor V2 (Antagonistas da vasopressina)
5. Tratar doença de base
6. Não administrar sódio
III. Normovolemia:
1. Restringir água livre
2. Usar furosemida
3. Usar solução com osmolaridade maior que a da urina do paciente (soro hipertônico 3%)
4. Fórmulas são úteis
5. SIADH: a osmolaridade urinária é elevada (> 300 mosm/L) e fixa
6. Geralmente piora com o uso de SF 0,9%
– Fórmulas para a correção do Na sérico
Quantidade de sódio a administrar (mEq)= (130-Na atual) x peso x 0,6
– Cada ml de NaCl a 10% equivale a 1,7 mEq de sódio. Ou seja, o resultado final da fórmula acima deve ser dividido por 1,7 para encontrarmos a quantidade de NaCl a 10% a ser reposta, em ml.
Ex: Em um paciente de 60 kg com Na sérico de 118 mEq/l e confusão mental: [130- Na atual) x peso x 0,6]= [(130-118) x 60 x 0,6] = 432 mEq/l; Como cada ml de NaCl a 10% equivale a 1,7 mEq de sódio, o volume necessário seria 432/1,7 = 254 ml de NaCl a 10%.
*A velocidade máxima de correção é 85 mEq/h. Isso corresponde a 50ml de NaCl a 10% por hora!
Obs: O tipo de tratamento depende a etiologia. Fórmulas são apenas guias para correção da hiponatremia.
Fonte:
Cecil, tradução da 23° edição
www.jbn.org.br