A conjuntivite bacteriana é uma doença muito comum nos consultórios, tanto dos oftalmologistas quanto dos clínicos. Seus sinais e sintomas permitem um diagnóstico correto, sem necessitar lançar mão de swab conjuntival. O tratamento tópico resulta em cura clínica rápida e eficaz. Nesse artigo, o autor defende que devemos nos preocupar com a crescente resistência dos microrganismos.
Para isso, devemos priorizar o tratamento com gentamicina e azitromicina, e reservar as quinolonas para casos mais severos de infeção. A conduta expectante, sem antibioticoterapia, também pode ser considerada, principalmente quando o inicio da mesma é atrasado. Isso se deve ao fato de a grande parte dessas infeções possuírem uma cura espontânea, podendo ser tratadas somente com o uso de lágrimas artificiais. Além disso, não é recomendado associar corticoides na maioria dos casos.
A investigação somente é necessária em recém-nascidos, imunodeprimidos e casos de conjuntivite aguda grave, com swab. Devemos estar atentos também à conjuntivite crônica, pois esta necessita de testes diagnósticos para clamídia, e caso o resultado positivo, o paciente e o parceiro sexual devem ser tratados sistemicamente.