Nódulo Pulmonar Solitário (NPS) define-se como uma lesão circunscrita de até 3/4 cm e cercada por parênquima pulmonar normal. A causa mais comum de nódulo benigno é o granuloma pós-infeccioso. Geralmente, surgem como achados acidentais em um exame de rotina. Lembre-se que a tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) é o melhor exame para a avaliação inicial de um NPS vista na radiografia simples.
Diante de um NPS, devemos, antes de tudo, avaliar as características, tanto do paciente quanto do nódulo, que possam nos sugerir a possível benignidade ou malignidade do achado. Veja nas tabelas abaixo os principais achados sugestivos de malignidade e de benignidade.
Sugestivos de Malignidade |
Sugestivos de Benignidade |
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Quanto à conduta, diante de um nódulo que apresente padrão de calcificação benigna ou estabilidade por pelo menos 2 anos (necessário ver exames antigos), podemos interromper a investigação. Caso contrário, devemos avaliar a probabilidade para câncer (de acordo com os achados da tabela).
Se baixa probabilidade, podemos acompanhar nosso paciente apenas com tomografias seriadas (3, 6, 12 e 24 meses).
Se média probabilidade para malignidade, devemos solicitar alguns testes adicionais, como TC contrastada, PET scan ou até uma biópsia transtorácica.
Entretanto, nos nódulos com alta probabilidade para malignidade, a conduta é a ressecção em cunha do nódulo inteiro (por toracoscopia).