A fibrilação atrial (FA) é uma das taquiarritmias mais comuns no nosso meio. A FA está associada a um risco maior de eventos tromboembólicos do que a população em geral, por isso a anticoagulação é uma parte importante do tratamento dos pacientes no longo prazo.
O escore CHA2DS2-VASc é uma ferramenta usada para avaliar o risco de acidente vascular encefálico (AVE) nos doentes acometidos pela FA. Os critérios de pontuação são:
- Insuficiência cardíaca congestiva (1 ponto)
- Hipertensão arterial sistêmica (1 ponto)
- Idade maior ou igual a 75 anos (2 pontos)
- Diabetes mellitus (1 ponto)
- História de AVE / ataque isquêmico transitório / tromboembolismo (2 pontos)
- Doença vascular (1 ponto)
- Idade entre 75 e 64 anos (1 ponto)
- Sexo feminino (1 ponto)
A classificação do risco se dá na seguinte forma:
- Risco baixo (0 pontos)
- Risco intermediário (1 ponto)
- Risco elevado (mais de 1 ponto)
Caso o risco seja alto (2 pontos ou mais), a anticoagulação oral está indicada. As drogas usadas para este fim são a warfarina, dabigatrana, rivaroxabana e apixabana. Se o paciente apresentar risco moderado, cabe ao médico assistente optar pela anticoagulação, aspirina ou não tratar.
Por um outro lado, existe também o escore HAS-BLED que avalia o risco de sangramento em pacientes anticoagulados. Cada um dos fatores de risco vale 1 ponto:
- Hipertensão
- Função renal anormal
- Função hepática anormal
- AVE
- Sangramento
- RNI flutuante
- Idade maior que 65 anos
- Uso de álcool
- Uso de drogas
Uma pontuação de 3 ou mais sugere alto risco de sangramento, por isso deve-se ponderar o risco vs benefício da anticoagulação. Mais ainda, aqueles que receberam o tratamento devem ser revisados intensamente.
Fonte: Dynamed