Alergia à alimentos é uma séria questão de saúde afetando aproximadamente 4% das crianças, resultando em prejuízo importante na qualidade de vida. O prognóstico é bom para a maioria dos alérgenos de forma que a maioria das crianças involui suas alergias. Entretanto, as implicações no longo prazo relacionadas à doença são importantes para crianças com alergias persistentes (ex. amendoim, nozes, peixe e mariscos) e para aqueles com altas concentrações de IgE do leite, ovo e trigo. Evitar o antígeno tem sido a conduta de regra tanto para prevenção quanto tratamento. Entretanto, descobertas de pesquisas feitas nos últimos 5 anos mostram que o contato precoce com os alimentos induzem tolerância e desensibilização aos alimentos. Revisamos a epidemiologia, história natural da doença e manejo das alergias a alimento e discutimos áreas controversas e perspectivas futuras em pesquisa e prática clínica.
Fonte: IgE-mediated food allergy in children. Longo G, Berti I, Burks AW, Krauss B, Barbi E. Lancet. 2013 Jul 8.