Pergunta : Leonardo Buchman ( Universidade Federal Fluminense)
Gostaria de saber sua opiniao sobre Ortopedia, relacionada a Traumatologia do Esporte e Medicina Ortomolecular. Como é o mercado, salários, locais para especialização, etc. Muito obrigado.
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Ortopedia e Medicina do Esporte são especialidades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina. Ambas tem programas oficiais de residência médica com duração de 3 anos e de acesso direto para os graduados em Medicina. Existem ainda cursos de pós graduação em medicina do esporte, que podem ser feitos por qualquer médico, com duração de 360 horas ( geralmente aulas sabados e domingos – 8 às 18 horas, uma vez por mês ). Alguns ortopedistas após a residência em ortopedia, se aperfeiçoam nesses cursos para se envolverem mais com os esportes em geral. A medicina ortomolecular não é reconhecida pelo CFM nem como especialidade e nem como área de atuação. São cursos de duração variável, geralmente procurados por geriatras, reumatologistas e ortopedistas (ver site www.abmo.org.br ). Algumas informações sobre essas especialidades podem te ajudar :
Desta forma, há diversas sub-especialidades dentro da Medicina do Esporte. O médico do esporte pode lidar com atletas de alto nível; com indivíduos comuns, não atletas, de todas as faixas etárias; indivíduos aparentemente saudáveis e portadores de doenças cronico-degenerativas como diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica (incluindo a asma brônquica), hipertensão arterial, doença coronariana, osteoporose e obesidade, apenas para citar as mais importantes. Existem desta forma segmentos da Medicina do Esporte extremamente importantes como a Traumato-Ortopedia Desportiva, que trata das lesões ósseas, articulares e musculares associadas à atividade física; a Cardiologia do Esporte, que está relacionada com a avaliação cardiovascular nos praticantes de atividade física, seja a nível competitivo ou não; a Medicina do Exercício, que estuda a utilização clínica do exercício em portadores de diversas doenças ou em grupos populacionais especiais como idosos, mulheres e crianças; há ainda os especialistas em controle anti-doping. Enfim, é uma especialidade cuja abrangência é bem maior do que o termo “Medicina do Esporte” sugere. A Medicina Ortomolecular é a área da medicina que tem seus fundamentos: a) Na Bioquímica Celular e Molecular (que estuda as substancias que estão presentes no organismo humano e as reações químicas que ocorrem entre elas), b) Na Fisiologia Humana (que estuda o funcionamento dos órgãos e sistemas humanos e a relação entre eles), c) Na Fisiopatologia Humana (que estuda como se desenvolvem as doenças), d) Na Nutrição Celular (que estuda as substancias necessárias ao funcionamento normal do organismo humano). Estes fundamentos são as bases de qualquer outra área médica. Seu diferencial está na avaliação dos sintomas clínicos e subclínicos apresentados pelo paciente, com suas peculiaridades individuais, somada às condições ambientais (laborativas, emocionais, hábitos de vida, alimentares, exposição a xenobióticos) e acrescentar aos tratamentos específicos a cada doença os 45 nutrientes básicos ao metabolismo, caso sejam necessários. Ela procura detectar e corrigir os desequilíbrios das funções celulares, antes que se desenvolvam as doenças e, na ocorrência delas, somar suas propostas aos tratamentos.
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O Conselho Federal de Medicina veta a prática de medicina ortomolecular Brasília. Depois de 12 anos, o Conselho Federal de Medicina (CFM)reiterou a proibição a vários procedimentos da prática ortomolecular, em revisão publicada ontem no “Diário Oficial da União”. O Conselho Federal de Medicina (CFM) baixou a resolução CFM nº 1.938 (05-02-2010), que redefine limites e critérios para a prescrição de fórmulas e procedimentos adotados nas práticas ortomolecular e biomolecular. A prática ortomolecular visa restaurar o organismo corrigindo possíveis desequilíbrios nutricionais, com o uso de suplementos de vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos. “A principal diferença deste texto para o anterior (publicado em 1998) é que hoje temos um nível de evidência científica muito maior, mostrando que a suplementação vitamínica sem necessidade pode aumentar riscos de morte”, diz o geriatra Emílio Moriguchi, que integra a câmara técnica da revisão. A resolução reafirma a proibição aos testes de cabelo quando não há suspeita de intoxicação por metais tóxicos e ao uso de EDTA (ácido etilenodiaminotetracético) para a remoção desses metais quando não há intoxicação aguda ou crônica. Continua vetado, também, o uso do EDTA e de procaína antienvelhecimento, anticâncer ou contra doenças crônicas degenerativas. “Alguns conselheiros achavam que a prática não deveria mais existir. Mas mostramos mais de 6.000 estudos comprovando a sua eficácia”, contrapõe José de Felippe Jr., presidente da Associação Brasileira de Medicina Complementar. Para a reumatologista e fisiatra Sylvana Braga, que utiliza a prática ortomolecular há 15 anos, o tratamento deve ser bas
eado em mudanças na alimentação e no estilo de vida. “Não adianta estar contaminada e continuar fumando, ter excesso de alumínio e continuar usando um antiperspirante que contém o elemento e panela desse material”. Fonte: O Tempo (MG) 06/02/2010 Brasil
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