Sepse é uma síndrome grave e muito comum nas UTIs, principalmente nos pacientes submetidos a ventilação mecânica por períodos longos ou que são frequentemente puncionados por coletas de sangue e acessos vasculares. Um paciente séptico é aquele que apresentar, ao mesmo tempo, um foco infeccioso e a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS). Se você não sabe o que é SIRS ou quer saber mais sobre o assunto, leia este artigo!
Sepse é uma síndrome grave e muito comum nas UTIs, principalmente nos pacientes submetidos a ventilação mecânica por períodos longos ou que são frequentemente puncionados por coletas de sangue e acessos vasculares. Um paciente séptico é aquele que apresentar, ao mesmo tempo, um foco infeccioso e a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS).
Os focos infecciosos são os mais diversos possíveis, podendo citar alguns como: pneumonia, úlcera de decúbito, infecção de trato urinário, erisipela, celulite, meningite bacteriana, etc. Os agentes mais comuns são S. aureus e E. coli, nesta ordem.
Já a SIRS é uma síndrome em que os níveis de citocinas pró-inflamatórias na circulação estão absurdamente elevados. Ela pode ter origem não só infecciosa, como na sepse, como também grandes insultos ao organismo, como pacientes no pós operatório de grandes cirurgias e politraumatizados. A SIRS está presente quando dois ou mais dos parâmetros abaixo estiverem presentes:
- Temepratura maior que 38 ºC ou menor que 36ºC
- Frequência cardíaca maior que 90 batimentos por minuto
- Frequência respiratória maior que 20 incursões por minuto ou PaCO2 menor que 32
- Leucocitose de mais de 12.000 células por mm3 ou leucopenia menor que 4.000 ou mais de 10% de bastões na contagem diferencial do leucograma
É importante notar que as citocinas circulantes tem ação vasodilatadora, podendo até mesmo causar choque séptico, que é uma pressão sistólica menor que 90 mmHg ou uma queda de 40 mmHg num paciente hipertenso. Não é incomum encontrar o paciente oligúrico ou anúrico.
O primeiro passo do tratamento é administrar antibiótico, lembrando que o agente etiológico deve ser sensível a este.
Caso o paciente esteja hipotenso, indica-se a infusão de SF ou Ringer, 20 mL/Kg. Se ainda assim o paciente não atingir a normotensão, deve-se administrar noradrenalina 1 mcg/Kg/min.
A glicemia também deve ser monitorada e se necessário, deve-se usar insulinoterapia. Os pacientes mais graves podem requerer ventilação mecânica e/ou diálise.