Durante a progressão da esteato-hepatite associada à disfunção metabólica (MASH), a acumulação de células T CD8+ autoagressivas contribui significativamente para lesões e inflamações no fígado. A empagliflozina (EMPA), um inibidor altamente seletivo do co-transportador de sódio-glicose 2 (SGLT2), mostra benefícios terapêuticos potenciais para a esteatose hepática, mas o mecanismo subjacente ainda não está totalmente elucidado.
Neste estudo, foi observado que a Empaglifozina reduziu significativamente a acumulação hepática de células T CD8+ autoagressivas e diminuiu os níveis de granzima B em camundongos com MASH. Mecanicamente, a EMPA aumentou o ácido β-hidroxibutírico ao promover a cetogênese nas células T CD8+ por meio da elevação da expressão da enzima desidrogenase 1 de 3-hidroxibutirato (Bdh1). O ácido β-hidroxibutírico inibiu, por sua vez, o fator regulador de interferon 4 (Irf4), essencial para a ativação das células T CD8+. A ablação de Bdh1 nas células T agravou a manifestação de MASH e reduziu a eficácia terapêutica da EMPA.
Além disso, um estudo de caso-controle mostrou que o tratamento com inibidores de SGLT2 reprimiu a infiltração de células T CD8+ e melhorou as lesões hepáticas em pacientes com MASH. Em resumo, o estudo sugere que os inibidores de SGLT2 podem ter como alvo as células T CD8+ e representar uma estratégia eficaz para o tratamento de MASH.
Fonte: PUBMED