Achados no exame físico da DPOC
A DPOC é caracterizada pela obstrução crônica, difusa e irreversível das vias aéreas inferiores.
O principal fator de risco é o tabagismo.
Geralmente os pacientes apresentam bronquite obstrutiva crônica e/ou efisema pulmonar.
A queixa mais marcante dos pacientes com DPOC é a dispnéia aos esforços. Além disso, a tosse é muito frequente e geralmente com expectoração.
Achados no exame físico permitem classificar o paciente entre os dois tipos predominantes da doença, enfisematoso e bronquítico, também conhecidos como pink puffers e blue bloaters respectivamente.
– Pink puffers (sopradores róseos) são os efisematosos.
Nota-se o tórax em tonel, geralmente são magros, e apresentam dispnéia expiratória, mas sem sinais de cor pulmonale e hipoxemia. À ausculta apresenta diminuição importante do murmúrio vesicular, sem ruídos adventícios.
– Blue bloaters (inchados azuis) são os bronquíticos graves.
Possuem distúrbio grave da troca gasosa, apresentando hipoxemia significativa, expressando como cianose, levando ao cor pulmonale e portanto à insuficiência ventricular direita e congestão sistêmica. Isso resulta no corpo inchado. Além disso os pacientes geralmente apresentam apnéia do sono e são obesos. À ausculta pulmonar pode haver sibilos, roncos e estertores (ruídos adventícios).
Apesar de a maioria dos pacientes com DPOC apresentarem um quadro misto desses dois estereótipos, é importante conhecer esses dois extremos que sugerem a mesma doença porém com manejos diferenciados.
Fonte:
Cecil, tradução da 23 edição
Enviado por: Bruno Rios – UNIRIO