Em Harvard, Ronald Heifetz é figura carimbada quando se fala de liderança: ele fundou o Center for Public Leadership em 2000, quando já tinha duas décadas de experiência no assunto.
Para ele, ser um líder não basta. É a prática contínua, em todo e qualquer nível organizacional, que faz a liderança existir.
É esse o raciocínio por trás do conceito de ‘liderança adaptativa’, de sua autoria, que exige atenção constante para mudar de rumo e ajustar as velas sempre que for necessário.
Uma de suas principais lições? Autoridade e liderança não precisam caminhar juntas.
O que um grande líder tem?
Ronald Heifetz: Coragem, um profundo senso de propósito e a capacidade de aprender publicamente. Isso significa não ter vergonha de aprender em público e entender que o trabalho adaptativo exige tentativa e erro – e encorajar outros a fazerem isso também.
Que características terá o líder do futuro?
Coragem, capacidade de parar para refletir no meio da ação – o que exige disciplina psicológica e emocional – e uma paixão por fazer a diferença no mundo, não apenas avançar nele.
Para ser líder, é preciso ter autoridade?
É fundamental distinguir entre liderança e autoridade.Podemos desenvolver pessoas, jovens ou não, para que pratiquem a liderança sem autoridade.
Não são apenas os empreendedores que irão liderar ao começar novas organizações, mas também as pessoas que começarem a liderar do lado de dentro ou de fora, fazendo com que a mudança suba pela hierarquia e se espalhe nas quatro direções.
Como um líder pode empoderar outros?
As pessoas em posições altas devem fazer as melhores perguntas ao invés de oferecer todas as respostas – e encorajar e proteger as pessoas que fizerem as perguntas difíceis.
Fonte:
Na Prática