O Diagrama de Ishikawa é uma das ferramentas de qualidade mais importantes no mercado.
O que é o Diagrama de Ishikawa?
O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama Espinha de Peixe, é uma ferramenta que ajuda as pessoas a identificar possíveis causas para problemas.
Em linhas gerais, ele serve para analisar os processos, em diferentes perspectivas, relacionando causas potenciais para um determinado cenário.
Ou seja, o método serve para que a gente encontre causas para problemas, mas também nos ajuda a encontrar causas para bons resultados – tudo pela análise do processo.
Mas como isso ocorre?
O Diagrama de Ishikawa é constituído de 6 tópicos que, quando analisados, tendem a alocar a maior parte das causas de problemas nas empresas.
Esses 6 tópicos, conhecidas como os 6M do Diagrama Espinha de Peixe, são itens relacionados a processos dentro das organizações.
Dessa forma, sempre que vamos utilizar essa ferramenta, nós analisamos cada um dos 6Ms para definir causas.
Os 6Ms são:
- Método
- Máquina
- Medida
- Meio Ambiente
- Material
- Mão de Obra
Confuso? Não se preocupe que vamos explicar como cada item é analisado.
Primeiro, é preciso entender como é a representação do diagrama. Veja a seguir:
Sim, não é à toa que o Diagrama de Ishikawa também é conhecido como Espinha de Peixe. Ao representar o modelo contemplando as 6 áreas de análise de causas, temos a imagem do esqueleto de um peixe fielmente representada.
Nesse esqueleto, cada um dos Ms está relacionado a um mesmo efeito, único, e que está sob análise da equipe. Por isso, lembre-se: o Diagrama deve ser utilizado para analisar um único efeito, claro e bem definido, e que pode ter raízes em várias causas.
A distribuição de cada M dessa maneira facilita a discussão de cada um deles de forma separada.
Entenda o significado dos Ms:
#1. Método
Ao analisar método, a equipe precisa elencar todas as causas em potencial que se relacionam com a forma de trabalho.
Ou seja: Quais as técnicas estão sendo utilizadas pela equipe? Quais as regras estipuladas para realizar os processos? Como determinado profissional conduz sua etapa no processo?
Todas as causas relacionadas à forma que os processos são conduzidos devem constar neste momento da discussão.
#2. Medida
Quando o assunto é medida, estamos falando da forma como nós analisamos os resultados ao fim e ao longo do processo.
Se usamos os dados incorretos, podemos estar fazendo análises incorretas. Se não dominamos as ferramentas que computam os resultados e os dados, podemos ter problemas também.
Portanto, certifique-se de questionar quais as causas relacionadas à forma como você mensura os dados podem estar impactando seu problema ou mal resultado.
#3. Máquina
Seguindo adiante na análise, é preciso dar atenção a todas as ferramentas utilizadas pela equipe durante os processos. Ou seja: temos que analisar a máquina!
Aqui, questões relacionadas a consertos, a programas desatualizados e a servidores com mal funcionamento, por exemplo, devem ser consideradas.
Sempre que alguma máquina estiver atrapalhando os processos, é preciso dar atenção a ela nesta etapa da análise de causa e efeito.
#4. Meio Ambiente
Já quando falamos em Meio Ambiente, a ideia é que as equipes deem atenção especial a tudo que está no entorno da produção e que pode afetar o efeito analisado.
Quando há muita chuva, por exemplo, pedreiros podem atrasar obras de construção. Ou quando a economia vai mal, por outro lado, é possível que produtos supérfluos comecem a vender menos.
Em outro ponto, o meio ambiente também pode estar relacionado às relações das pessoas dentro das empresas. Sobre isso questione-se: as pessoas se sentem confortáveis para exercer suas funções? As pessoas estão felizes ou adoecendo psicologicamente?
Tudo isso deve estar na ponta da língua ao fazermos a análise sobre meio ambiente do Diagrama de Ishikawa.
#5. Material
Nessa etapa do processo, quando pensamos em material, estamos nos referindo aos insumos utilizados durante os processos e que podem ter papel importante para gerar o efeito analisado.
Se uma fábrica de móveis usa madeira ruim, por exemplo, suas mesas e armários serão de má qualidade e vão vender menos. Se os doces de uma confeitaria são feitos com chocolate de má qualidade, com certeza a empresas será menos contratada para festas.
Repare nos materiais utilizados na sua produção, no seu serviço e nos seus processos. Eles podem ser a causa do problema? Então anote no diagrama!
#6. Mão de Obra
Por fim, chegamos à analise de Mão de Obra. Aqui, o objetivo é identificar causas relacionadas às habilidades das equipes, à forma como a equipe é alocada ou, em alguns casos, à falta de equipe.
Pode ser que faltem mais operários na linha de montagem de um carro, pode ser que líder mais analítico esteja tocando uma equipe de vendas e pode haver momentos em que o profissional precisa adquirir alguns conhecimentos para exercer sua função.
Em todos esses casos, a análise de mão de obra precisa ser feita e considerada dentro do Diagrama de Ishikawa.
Quando é possível utilizar o diagrama de Ishikawa?
Sempre que houver um problema nos processos de um projeto, é possível estabelecer uma discussão baseada nas regras do Diagrama Espinha de Peixe.
Assim, não é preciso atrelar o método a um processo industrial comum. É possível utilizá-lo para um projeto pessoal, para uma meta na sua empresa ou para sua turma de alunos.
Basta encontrar um problema (ou efeito) e buscar analisar cada M pensando as causas.
Como montar o Diagrama de Ishikawa?
Embora a representação do esqueleto de um peixe tenha se tornado comum, ela não é preponderante para nenhuma análise. Basta que você escreva os 6Ms e os discuta à luz da premissa de que existe apenas 1 efeito analisado e um conjunto de causas prováveis.
O importante, porém, é realizar a análise em equipe, em um brainstorming, para que todos os membros do processo tenham suas opiniões e visões consideradas.
Qual é a origem do Diagrama de Ishikawa?
O Diagrama foi pensado pelo engenheiro químico japonês Kaoru Ishikawa, em 1943, com o objetivo de criar um método padronizado que ajudasse a resolver problemas de produtividades em organizações.
A ideia do criador era estabelecer um modelo que pudesse ser utilizado por todos, desde operários a diretores. Mas foi só anos mais tarde que a ferramenta ganhou seu nome.
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