Carlos Brito, CEO da AB Inbev entre 2005 e 2020, é considerado hoje um dos líderes mais proeminentes do mundo. Sua carreira, que já foi premiada e reconhecida mundialmente, se mistura com a história da Fundação Estudar, da qual ele foi o primeiro bolsista e que ele reencontrou recentemente durante a comemoração do aniversário de 30 anos da organização.
Na oportunidade, Brito palestrou a convidados e telespectadores online sobre a definição de liderança e da figura do líder em si.
O que é um líder, segundo Carlos Brito
Na visão de Brito, um critério essencial para se tornar líder é ter uma equipe que precisa ser guiada e capitaneada. Pessoas em funções técnicas, que dão andamento a processos e operações, não são líderes (pelo menos não pensando a sua atividade principal), explica ele.
Nesse sentido, portanto, Brito diz que, “de forma prática, um líder é uma pessoa que entrega resultado com o time e de forma correta”. Pra isso, alguns pontos precisam ser contemplados e é necessário criar:
#1. Sistema de gestão
Que oriente processos e que torne as decisões uma ação sistematizadas. Serve para ajudar o trabalho do líder e dos liderados. porque padroniza o comportamento de todos.
#2. Estratégia
Para guiar os planos a curto, médio e longo prazo, de modo que as ações tenham sentido dentro da lógica dos objetivos a serem alcançados.
#3. Capacidade de priorizar
Para entender o que deve ser feito primeiro e o que é secundário dentro da estrutura de ações estratégicas que vão permitir à equipe chegar ao resultado.
#4 Tradução situações complexas
Para facilitar o trabalho dos seus comandados e otimizar o andamento das ações dentro da organização. Se tudo está explicado e detalhado, perde-se menos tempo.
#5. Ética.
Para atuar dentro das leis e dos valores das organizações. sem encontrar atalhos que vão permitir resultados mentirosos ou insustentáveis.
Qual a diferença do líder de ontem e de hoje?
A principal diferença do líder de ontem com o de hoje, segundo Carlos Brito, se associa com mudanças na sociedade. Além do trabalho comum, de inspirar, selecionar, reter e desenvolver pessoas, também é preciso pensar em diversidade e inclusão.
Segundo ele, a diversidade é um dos pontos chaves, hoje, para que as organizações tenham ideia mais plurais, para que haja mais criatividade e para que elas cresçam.
“Trinta anos atrás, a visão era de que um bom líder era aquele que entregava um bom resultado para o negócio. Isso mudou ao longo do tempo, não só por pressão do consumidor, que passou a querer entender o que estava por trás das marcas e empresas, mas também por conta dos colegas da empresa.”
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O que o líder de hoje tem que o de 30 anos atrás não tinha, segundo Carlos Brito