Carbapenens disponíveis
Imipenem, meropenem e ertapenem são os carbapenens disponíveis atualmente na prática clínica nos EUA, Europa e Brasil. Apresentam amplo espectro de ação para uso em infecções sistêmicas e são estáveis à maioria das ß–lactamases.
Atividade antimicrobiana
Em relação à atividade antimicrobiana, o meropenem é um pouco mais ativo contra bactérias gram-negativas, ao passo que o imipenem apresenta atividade um pouco superior contra gram-positivos. O ertapenem não tem atividade contra P. aeruginosa e A.baumannii.
Mecanismo de resistência
Devido a discretas diferenças, com relação ao mecanismo de resistência, podem ser encontradas amostras sensíveis a um carbapenem e resistentes ao outro. Esse fenômeno é relativamente raro e relacionado a mecanismo de resistência que envolve as porinas, mas tem sido descrito principalmente em cepas de Pseudomonas aeruginosa.
Propriedades farmacológicas
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Indicações clínicas
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Por serem drogas de amplo espectro e com penetração na maioria dos sítios de infecção, podem ser utilizados no tratamento de infecções em que exista uma forte suspeita de microbiota aeróbia e anaeróbia ou infecções causadas por organismos multirresistentes.
Apresentam eficácia no tratamento de pacientes graves com:
Constituem alternativa no tratamento de pacientes granulocitopênicos febris. |
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O ertapenem é uma alternativa para tratamento de infecções por Klebsiella pneumoniae produtoras de betalactamases de espectro estendido e para continuidade de tratamento no domicílio por sua apresentação intramuscular e dose única diária, porém é uma droga de alto custo.
Efeitos colaterais
- Geralmente são bem tolerados.
- O imipenem-cilastatina pode reduzir o limiar convulsivo, levando ao aparecimento de convulsões, principalmente em pacientes idosos, com alteração da função renal ou cuja doença de base predisponha a convulsões. Esses efeitos são menos observados durante o uso de meropenem.
- Dentre as alterações laboratoriais, foi relatado aumento de transaminases em 5% dos pacientes.
- Alterações hematológicas são raras, sendo as mais comuns trombocitose e eosinofilia.
- Reações gastrintestinais podem ocorrer em 3,8% dos casos, principalmente náuseas e vômitos.
- Pode haver reação cruzada em pacientes alérgicos à penicilina (1,2% dos casos).