
O pulso paradoxal é uma variação da PA sistólica acima de 10 mmHg. Consiste numa queda maior do que o normal da pressão sistólica durante a inspiração. Enquanto o paciente respira, se possível de forma tranquila (não peça ao paciente para inspirar forçadamente), reduza lentamente a pressão no manguito até o nível sistólico. Observe o nível de pressão em que se ouvem os primeiros ruídos. A seguir, reduza a pressão muito lentamente, até ouvir os sons por todo o ciclo respiratório. Anote novamente o nível de pressão. Normalmente a diferença entre esses dois níveis não ultrapassa 3 a 4 mmHg.
O nível identificado quando se começa a auscultar os ruídos de Korotkoff corresponde à maior pressão sistólica durante o ciclo respiratório. O nível identificado pelos ruídos, ao longo do ciclo, corresponde à menor pressão sistólica. Uma diferença superior a 10 mmHg entre esses dois níveis indica pulso paradoxal.
Causas: tamponamento cardíaco (restrição ao enchimento do coração), pericardite constritiva, asma grave (grande dificuldade respiratória, nesse caso o pulso paradoxal é grave) e na embolia pulmonar.