
A necrose coagulativa ocorre em decorrência de isquemia, como nos casos de infarto do miocárdio. Nessa forma, a estrutura do tecido é preservada por algum tempo, pois as proteínas se desnaturam antes que as enzimas possam degradar as células.
A necrose liquefativa é observada em infecções bacterianas ou fúngicas intensas, também sendo observada em casos de isquemia cerebral. Nessa forma, ocorre uma digestão enzimática acelerada das células, o que leva à formação de uma massa líquida viscosa, frequentemente associada à formação de pus no caso de infecções bacterianas.
A necrose caseosa é típica da tuberculose. Ela apresenta um aspecto esbranquiçado, semelhante ao queijo (daí o nome “caseosa”), e resulta da combinação de necrose coagulativa e liquefativa, contendo restos celulares desorganizados associados a uma reação inflamatória granulomatosa.
A necrose gordurosa ocorre em áreas com abundância de tecido adiposo, como o pâncreas ou tecido subcutâneo, geralmente após trauma ou inflamação. As enzimas lipolíticas digerem as gorduras, formando ácidos graxos que se combinam com cálcio, gerando áreas de aspecto calcificado devido à reação de saponificação.
Quando o tecido sofre necrose coagulativa devido à falta de suprimento sanguíneo, como em membros inferiores com comprometimento vascular, chamamos de gangrena seca. Se houver infecção bacteriana associada, ocorre digestão enzimática adicional, levando à gangrena úmida, com características de necrose liquefativa.
A necrose fibrinoide é observada em reações imunes que acometem vasos sanguíneos, como nas vasculites. Há depósito de complexos antígeno-anticorpo e fibrina nas paredes vasculares.